Indefinição já era esperada para a primeira votação
Já estava anoitecendo no Vaticano quando milhares de pessoas presentes na Praça de São Pedro, na expectativa para o fim da primeira votação do Conclave, viram a fumaça preta sair pela chaminé da Basílica de São Pedro.
A cor indica que nenhum dos cardeais recebeu a maioria de 2/3 dos votos no primeiro processo eleitoral, o que significa que o sucessor do Papa Franscisco, falecido no dia 21 de abril, ainda não foi escolhido. Isso já era esperado, pois, historicamente, o novo pontífice dificilmente é escolhido logo na primeira votação.
O conclave volta a acontecer na manhã desta quinta-feira (8). Durante as próximas horas, os cardiais devem ter conversas para restringir um pouco mais os candidatos efetivos e tentar definir o próximo Papa.
Como acontece
O processo de escolha do novo Papa é um dos rituais mais solenes e sigilosos da Igreja Católica. Neste ano, 133 cardeais têm a responsabilidade de eleger o 267º sucessor de São Pedro. A votação é realizada através de uma cédula dividida em duas partes. Na superior, a fórmula pré-impressa que introduz o voto e na inferior o espaço onde deve ser escrito o nome do escolhido.
Antes da votação, são sorteados nove cardeais para funções de escrutinadores, responsáveis por recolher votos dos colegas doentes e três revisores. É nesse momento que apenas os membros do Colégio Eleitoral permanecem na capela e as portas são seladas. Durante a votação cada cardeal, por ordem de precedência, escreve o nome do candidato, dobra a cédula e se aproxima-se do altar. Após o juramento, de votar com base na consciência diante de Deus, deposita o papel em uma urna especial.
Aqueles que estão enfermos e permanecem nos aposentos recebem a visita de três cardeais encarregados, que levam as cédulas e uma urna portátil. A urna é lacrada e levada para a Capela Sistina, onde os votos são colocados junto com os demais.
A apuração
No final da votação os escrutinadores embaralham as cédulas e verificam se o número coincide com o total de eleitores. Em caso de diferença os votos são anulados e uma nova rodada é iniciada. Se a quantidade está correta começa a apuração. Um cardeal lê o nome escrito, um segundo confirma e outro anuncia em voz alta. Todos os votos são registrados. A eleição só é válida se o candidato alcançar ao menos dois terços dos votos. Com 133 cardeais presentes, são necessários 89 votos para a escolha ser oficial. Caso o consenso não seja alcançado, votações continuam sendo realizadas: duas pela manhã e duas à tarde.
Para evitar fraudes, cada cédula é perfurada após a leitura e alinhada em uma linha. Os resultados são somados e conferidos. Em seguida as cédulas são queimadas em um antigo fogão de ferro fundido, o mesmo utilizado desde 1939. São utilizadas substâncias químicas que podem gerar fumaça preta, quando não há consenso, ou branca que demonstra que o novo Papa foi escolhido.
Empresa é alvo de golpe para venda falsa de 12 toneladas de fertilizantes
Carga foi recuperada após vítima ser notificada sobre compra que não realizou
A Guarda Municipal de Joinville, no Litoral Norte de Santa Catarina, recuperou uma carga de 12 toneladas de fertilizantes, avaliada em R$ 53,5 mil, que foi adquirida por meio de um golpe com uso de uma nota fiscal fraudulenta. O caso ocorreu na última segunda-feira (5).