Detentos relatavam socos, chutes e agressões com pedaços de pau com inscrições como “direitos humanos”, além de outras práticas extremas
O ex-diretor, o ex-chefe de segurança e outros dois ex-policiais penas do Presídio Regional de Maravilha, no Extremo Oeste Catarinense, foram condenados por diversos crimes de tortura contra detentos que cumpriam penas na unidade. A pena mais severa foi para o diretor, que foi sentenciado a 30 anos e dois meses, período que foi reduzido para 24 anos e 10 meses após recurso retirar um agravante da condenação.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
O ex-chefe da segurança foi condenado por três crimes de tortura, com pena de quatro anos e seis meses de prisão. Os dois ex-policiais penais receberam penas de três anos, quatro meses e 15 dias e de quatro anos e seis meses de reclusão. Além das penas, todos eles exonerados dos cargos púbicos que ocupavam.
Torturas
Conforme as denúncias, os casos ocorreram por cerca de três anos, entre 2013 e 2016, e envolviam chutes, socos e golpes com cassetetes, correntes e pedaços de pau que traziam inscrições como “paracetamol, dipirona, diclofenaco, direitos humanos”. Em alguns casos, os agentes também faziam uso de armas não letais e spray de pimenta nos corredores, nas celas e diretamente nos detentos.
Para disfarçar os episódios, os presos eram levados para o exame de corpo de delito antes de sessões de agressão. Depois, eram levados para uma sala isolada, chamada “abismo”, onde eram mantidos até o desaparecimento das marcas. Além disso, para garantir sigilo, os policiais faziam ameaças. Os episódios deixaram sequelas em alguns detentos, como perda auditiva e incontinência urinária.
Houve relatos ainda de outros tipos de violência extrema. Segundo a condenação, um preso que mantinha um diário com relato de agressões teria sido descoberto e foi obrigado a engolir as páginas, previamente borrifadas com spray de pimenta, fazendo-o vomitar. Outros detentos foram forçados a ingerir maconha misturada ao mesmo produto químico. Ainda houve relatos de assédios sexuais do diretor contra familiares dos detentos, mediante promessa de benefícios aos presos em troca de encontros amorosos.
Suspeito se passava por adolescente para conseguir conteúdo de pornografia infantojuvenil
Homem vitimou criança de Chapecó e foi preso em flagrante no Paraná
Um homem de 27 anos foi preso nesta semana por manter contato com uma criança de Chapecó com a intenção de obter imagens e vídeos ilícitos. A prisão do suspeito ocorreu na manhã desta quarta-feira (1º) no município de São José dos Pinhais, no interior do estado do Paraná.