Obra de R$ 324 milhões possibilitará expansão das atividades dos portos de São Francisco do Sul e Itapoá
O governador Jorginho Mello assinou a ordem de serviço para a dragagem da Baía da Babitonga, no Litoral Norte de Santa Catarina. O projeto prevê o aumento da profundidade de 14 para 16 metros, o que permitirá a entrada de navios maiores. A assinatura ocorreu durante uma cerimônia oficial nesta terça-feira (23) no Porto de São Francisco do Sul, com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins e autoridades locais.
Com investimentos de R$ 324 milhões, a dragagem será a maior em andamento no Brasil e deve começar até o fim do ano, com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2026. A obra possibilitará a atracação de embarcações de até 366 metros de comprimento no Complexo Portuário, que abriga o Porto de São Francisco do Sul, responsável por movimentar 17 milhões de toneladas de mercadorias em 2024, e o Porto Itapoá, que movimentou 14 milhões de toneladas. Ao todo, o complexo responde por mais de 60% da movimentação portuária catarinense.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
“O impacto na economia será extraordinário. Com o aprofundamento do calado e o aumento da largura do canal de acesso, passaremos a competir em igualdade com o Porto de Santos. A estrutura permitirá a atracação de grandes navios, com capacidade para transportar um volume muito maior de contêineres. Isso representa ganhos para todos: para os transportadores, para os vendedores, para a cidade e, principalmente, na geração de empregos”, afirma o governador Jorginho Mello.
A vencedora da licitação para a execução da obra foi a empresa belga Jan De Nul. A draga utilizada será a Galileo Galilei, a mesma usada no engordamento da praia de Balneário Camboriú. A estimativa é de que cerca de 12,5 milhões de metros cúbicos de areia sejam retirados do fundo da baía.
Metade deste material deve ser utilizado para o o engodamento da orla de Itapoá, que nos últimos anos tem sofrido com erosão marítima. Será a primeira vez no Brasil – e a segunda no mundo, atrás apenas da Austrália – que os sedimentos de uma dragagem portuária terão esse destino.
“As companhias marítimas estão atualizando suas frotas com navios de maior porte e, para isso, precisarão de portos equipados com a tecnologia que está sendo instalada no Complexo Portuário da Babitonga. Essa obra representa um avanço significativo e deixa Santa Catarina alinhada com o futuro da navegação”, destacou o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins.
Parceria Público Privada e fiscalização
A obra foi viabilizada por meio de uma parceria inédita. Esta é a primeira Parceria Público Privada (PPP) entre dois terminais no Brasil para uma obra desta natureza. O porto público de São Francisco aportará R$ 24 milhões e o terminal privado Itapoá, R$ 300 milhões. O investimento privado será devolvido de modo parcelado até dezembro de 2037. O ressarcimento para Itapoá será em cima do adicional de tarifas portuárias geradas pelo acréscimo no número de navios que atracarem no porto e pelo aumento no volume de carga movimentada, a partir da conclusão da obra de aprofundamento.
A fiscalização da obra será realizada pelas empresas Geplan e Prosul, que tiveram os contratos no valor total de R$ 9 milhões assinados durante a cerimônia oficial em São Francisco do Sul. As duas companhias foram selecionadas por meio de licitação pública e terão a responsabilidade de realizar uma análise detalhada de cada fase da obra, incluindo a compatibilidade dos sedimentos depositados na praia, bem como a fiscalização da modelagem topográfica da área a ser alargada.
As empresas ainda irão monitorar a parte aquática da obra, assegurando que as cotas de aprofundamento e alargamento do canal de acesso sejam realizadas de acordo com as especificações técnicas previstas.
Estado anuncia 50 mil vagas e novo portfólio de cursos no Catarinense Técnico
Ampliação do programa terá investimento de R$ 632 milhões e integra pacote Educação Levada a Sério
O programa Catarinense Técnico (CaTec) do Governo do Estado, voltado a oferecer cursos profissionalizantes para estudantes do ensino médio em Santa Catarina, ganhará um aporte de 50 mil novas vagas e uma ampliação do portfólio de cursos integrados. As medidas serão viabilizadas pelo programa CaTec+, um dos eixos anunciados no pacote Edição Levada a Sério.