Feminicídio foi cometido em maio de 2024 em Palhoça, na Grande Florianópolis
Márcio de Oliveira Bigois, o responsável por torturar e assassinar a ex-companheira, Michele de Abreu Oliveira, e enterrar o corpo embaixo da própria casa, foi condenado a 35 anos de prisão pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira (30). O crime foi cometido em 22 de maio de 2024 no município de Palhoça, na Grande Florianópolis.
O réu foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, tortura, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido praticado contra mulher em contexto de violência doméstica), ocultação de cadáver e corrupção de menor.
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Durante a sessão no plenário, a Promotora de Justiça em Palhoça, Juliana Jandt, reforçou que o crime foi premeditado e que a vítima sofria um ciclo de violência doméstica, sem conseguir se libertar disso. “Ele já havia tentado matá-la antes e a ameaçou várias vezes. Ela era tratada por ele como objeto”, destacou a promotora.
Na sentença final, o réu, que já estava preso, teve o direito de recorrer em liberdade negado. Durante o julgamento, diversas testemunhas foram ouvidas, dentre elas, familiares da vítima.
Uma das testemunhas, um policial civil de Palhoça, confirmou que haviam relatos de agressividade por parte do réu e que ele já havia sido preso antes do assassinato por violência contra a ex-companheira.
O filho mais velho da vítima relembrou que já sofreu ameaças do homem e se emocionou ao relembrar que a mãe já havia levado uma paulada na cabeça do réu, o que causou sequela auditiva nela.
Já a sobrinha da mulher morta, além de destacar o cenário de violência vivido, também celebrou a condenação do réu. “É uma vitória. Já é um alívio, mas a gente vai continuar na luta, não deixará a memória dela morrer”, disse a sobrinha.
Relembre o caso
O crime foi cometido entre os dias 13 e 22 de maio de 2024, na casa da família, no bairro Praia de Fora. Neste período, as investigações foram iniciadas após o desaparecimento de Michele e o histórico de violência doméstica sofrido.
Após alguns dias de buscas e apurações, o corpo da vítima foi encontrado enterrado embaixo do piso da cozinha da casa. Segundo a denúncia realizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Márcio havia matado Michele por não aceitar o fim do relacionamento. Os laudos médicos ainda revelaram que o homem torturou a vítima antes de a matar com golpes na cabeça.
A denúncia também menciona que o réu havia aliciado o filho adolescente para ajudar no crime, que também responde pela morte. Em seu interrogatório no júri, o réu confessou o feminicídio e a ocultação de cadáver, mas isentou a participação do filho adolescente no crime.
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