27 de julho de 2024
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Cotidiano

IMA mostra melhora na balneabilidade e pontos próprios para banho em SC

De acordo com a nova pesquisa do Instituto do Meio Ambiente (IMA), referente à semana do dia 9 a 13, dos 237 pontos analisados no Litoral catarinense, 121 estão próprios para banho no estado, o que representa 51,05%. O resultado mostra uma melhora em relação ao monitoramento da semana anterior, que apontava 47,68% de pontos em condições próprias para mergulho.

Em Florianópolis, dos 87 pontos analisados, 41 estão adequados para os banhistas, o que representa 47,13%. O monitoramento é feito em 27 municípios litorâneos em mais de 100 praias e balneários do Sul ao Norte.

O monitoramento é feito em 27 municípios litorâneos em mais de 100 praias e balneários do Sul ao Norte, compondo as cidades de: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Camboriú, Balneário Barra do Sul, Balneário Rincão, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Balneário Piçarras, Porto Belo, São Francisco do Sul e São José.

 

Os técnicos fazem as coletas da água do mar a até 1 metro de profundidade, na quantidade de 100 mililitros em cada ponto. O material coletado é submetido a exames bacteriológicos durante 24 horas. São necessárias 5 semanas consecutivas de coleta para se obter um resultado tecnicamente confiável.

Para as análises são levados em consideração aspectos como condições de maré, incidência pluviométrica nas últimas 24 horas no local, a temperatura da amostra e do ar no momento da coleta (parâmetro físico) e a imediata condução para a pesquisa em crescimento bacteriano.

O parâmetro indicador básico para a classificação das praias quanto a sua balneabilidade em termos sanitários é a densidade de coliformes fecais, e diversos são os fatores que condicionam a presença de esgotos nas praias como: a existência de sistemas de coleta e disposição dos despejos domésticos gerados nas proximidades do local; moradias sem tratamento de esgoto; existência de córregos afluindo ao mar; fisiografia da praia; ocorrência de chuvas; condições de maré, entre outros.

A água é considerada Própria quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas, no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros, e Imprópria quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas, no mesmo local, for superior que 800 Escherichia coli por 100 mililitros ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.

Confira a Nota Técnica completa:

Com relação à parte norte de Florianópolis, os pontos que sofreram ação imediata à esquerda da desembocadura do Rio do Brás, que se rompeu em virtude das fortes chuvas e agora está com sua barra aberta, observando nosso relatório histórico, será notado que os resultados numéricos de vários pontos nos balneários de Canasvieiras, Jurerê, Jurerê Internacional, Forte e Daniela, foram significativamente menores que 800 NMP/ 100 ml nas coletas do dia 09/01/2023, dando um primeiro passo para a obtenção do retorno a qualificação de próprios, (inclusive alguns já estão na condição de próprios para o uso recreacional de suas águas como pontos 76, 53), necessário portanto mais 3 resultados abaixo de 800 NMP/100 ml. Esta resposta numérica é indicativo da melhoria das condições do ponto, porém ainda não o exclui da condição de impropriedade.

Por outro lado, seguindo o mesmo raciocínio, balneários que tiveram nas duas coletas deste ano resultados superiores a 800, sendo muitos até superiores a 2000 NMP/100 ml, necessitarão de 4 coletas semanais consecutivas com resultados inferiores a 800 NMP/100 ml para que atinjam a condição de propriedade.

Vale salientar que o efeito das chuvas nas duas últimas coletas não foi significativo, portanto outras condições de contaminação, tais como clandestinidade, aporte significativo de contaminações de outros municípios via rios, riachos ou outros, que recebem em seu curso esgotamentos ditos tratados que vão ao mar, conduzidos muitas vezes por costões e/ou molhes lançados ao largo, mas que por ação de marés, ventos em sua dissipação retornam a sua área de banho.

Salientamos mais uma vez, importante que os senhores antes de qualquer uso das nossas praias, se atenham a consulta especialmente ao nosso histórico, pois ali se encontram todos os dados referente às condições da coleta, bem como, valores numéricos e qualificação do ponto”.

Foto: Julia de Araujo/TVBV/Reprodução