14 de julho de 2025
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Policial

“Imperadores” do Norte da Ilha são condenados pela justiça

Foto: PCSC
Família de criminosos lucrou mais de R$ 20 milhões em cinco anos com a venda de terrenos clandestinos no Rio Vermelho

O líder de uma organização criminosa, a esposa e dois irmãos deles foram condenados a penas que variam entre 18 e cinco anos de prisão. A decisão apontou que o grupo, chefiado por um corretor de imóveis, atuava com a venda ilegal de terrenos no bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha. Eles teriam lucrado milhões de reais com a venda de mais de 500 metros quadrados. Para despistar a justiça, os condenados abriram duas empresas “fantasmas” para lavar o dinheiro e usavam o CNPJ de laranjas. A operação contra o grupo foi denominada “Acapulco”.

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Esse é considerado um dos maiores crimes urbanísticos da história de Florianópolis. Conforme o Tribunal de Justiça, os acusados criaram um bairro inteiro de forma irregular, totalizando cerca de mil lotes. Eles cortaram árvores, abriram ruas como bem entendiam e colocaram os terrenos a venda. Toda a estrutura criada pelos criminosos era precária, com ruas sem esgotos, saída e drenagem, e a energia elétrica era clandestina. De 2016 a 2021, foi criado um “império patrimonial”, gerando um lucro superior a R$ 20 milhões para as contas do corretor e da esposa.

Denuncia e julgamento

A denúncia do Ministério Público apontou a prática dos crimes de venda e promessa de venda de lotes em loteamento clandestino, de associação criminosa, de crime contra as relações de consumo, de descumprimento de obrigações ambientais relevantes, de falsidade ideológica, de uso de documento falso, além do altamente lucrativo crime de lavagem de dinheiro.

O corretor, dono da imobiliária e líder do esquema, foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão. Além delem, foram condenados sua esposa, laranja consciente do esquema, a nove anos e dois meses de reclusão, e seus dois irmãos, vendedores dos terrenos, a penas de sete anos e quatro meses, e de cinco anos e dois meses de prisão.

O corretor e a esposa deverão cumprir as penas em regime inicial fechado, e os irmãos, em regime semiaberto. Os réus também foram condenados ao pagamento de multas que somam o valor de mais de 600 salários-mínimos. A Justiça determinou ainda a perda de 13 veículos e embarcações adquiridos com o produto dos crimes. A sentença é passível de recurso.

           

             

Obras de R$ 9 milhões em escola de Florianópolis são entregues

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