Desaceleração de preços nos Alimentos e Transportes balancearam com aumento nas despesas de Habitação
A inflação no Brasil recuou para 0,26% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontam uma desaceleração de 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação a abril, quando a inflação foi de 0,43%.
Segundo o IBGE, o resultado do mês foi influenciado principalmente pelas despesas no grupo Habitação, que teve alta de 1,19% nos preços, após a aplicação da bandeira amarela na tarifa da energia elétrica, que impôs uma cobrança adicional de R$ 1,88 a cada 100 KWh consumido.
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Por outro lado, a queda de 0,37% dos Transportes contribuiu para a deflação de maio, com destaque para os recuos na passagem aérea (-11,31%) e em todos os combustíveis: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).
Já o grupo Alimentação e bebidas variou 0,17% em maio, frente a 0,82% em abril. Contribuíram para esse resultado as quedas no preço do tomate (-13,52%), do arroz (-4%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas, destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
“A queda nos preços do tomate pode ser explicada por um aumento da oferta devido ao avanço na safra de inverno, movimento inverso no caso da batata-inglesa, onde a safra de inverno ainda não é suficiente para suprir a demanda. Já no caso da cebola, questões relacionadas à importação do produto da Argentina influenciaram no aumento dos preços”, pontua o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.
Entre os demais grupos de despesas, houve deflação nos artigos de residência (-0,27%) e quedas na taxa de inflação nos grupos vestuário (que passou de 1,02% em abril para 0,41% em maio), saúde e cuidados pessoais (de 1,18% para 0,54%), despesas pessoais (de 0,54% para 0,35%) e comunicação (de 0,69% para 0,07%). Educação manteve a taxa de 0,05% de abril para maio.
No ano, a inflação acumulada é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%.
Greve dos servidores de São José denuncia falta de profissionais e investimentos
Paralisação por tempo indeterminado iniciou nesta terça-feira (10)
Iniciou nesta terça-feira (10) a greve geral dos servidores públicos do município de São José, na Grande Florianópolis. A paralisação, por tempo indeterminado, tem a adesão de mais de 1.000 trabalhadores, principalmente das áreas da Saúde e Educação. A reivindicação do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José – Sintram/SJ é pela contratação de profissionais aprovados em concurso, reajuste salarial e melhores condições e materiais de trabalho.