O episódio aconteceu na quinta-feira (14) e foi postado nas redes sociais do rapaz
Um jovem de 24 anos, identificado como Carlos Eduardo Lenartowicz Lima, conhecido nas redes como ‘Enzo Master’, foi preso pela Polícia Federal de Rondônia na segunda-feira (18) por ter deixado um explosivo falso no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, Rondônia. O episódio aconteceu na quinta-feira (14) e foi postado nas redes sociais do rapaz.
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Ainda de acordo com os advogados, Lima costuma gravar vídeos com “pegadinhas” para postar em seu perfil. “Ele pulou um chafariz de um shopping em Porto Velho e ganhou 10 mil seguidores. Com esse (vídeo) do aeroporto, ele saiu de 10 mil seguidores para 16 mil”, afirma o advogado Jackson Chediak, que representa o criador de conteúdo. Os perfis de Lima foram derrubados no último final de semana.
A defesa ainda alega que a pegadinha tinha como objetivo atrair a atenção de Buzeira, que tem mais de 15 milhões de seguidores no Instagram. “Ele pensou em fazer um artefato falso e ali ele colocou uma carta para um outro influenciador digital, de nome Buzeira, querendo chamar a atenção deste e ganhar seguidores. (A intenção) não foi de cometer terrorismo, de afrontar a lei de segurança nacional, nada disso. E não houve grandes prejuízos nesses fatos”, alega a defesa.
Após a prisão, a Polícia “adotou os trâmites legais cabíveis e o detido foi encaminhado à unidade prisional da capital, onde permanecerá à disposição da Justiça”, informa a PF.
“As investigações prosseguem com a coleta de elementos informativos de autoria e materialidade, visando garantir a segurança aeroportuária e a proteção da sociedade”, completa a autoridade policial.
Câmeras de segurança identificaram
Carlos Eduardo foi identificado pela Polícia por meio das câmeras do aeroporto mas não foi preso em flagrante. Ao sair do aeroporto, o jovem ligou para o Centro de Operação da Polícia Militar e informou que havia deixado um artefato explosivo falso no aeroporto, diz a defesa. “No dia seguinte, ele se apresentou na sede da Polícia Federal, mas o delegado se recusou a ouvi-lo”, afirma.
Posteriormente, a polícia pediu prisão preventiva baseada em um risco de fuga. “Mesmo tomando conhecimento do decreto preventivo, por questão de boa fé, a defesa levou ele até a sede da Polícia Federal para dar cumprimento, apresentando ele espontaneamente”, alega o advogado.
Outro lado
A defesa de Carlos Eduardo afirma que ele cometeu um erro, mas que a condução policial está sendo feito de forma “desproporcional”. “O Eduardo cometeu um erro, deve pagar pelo que cometeu na medida da sua culpa, mas há uma desproporcionalidade no tocante à prisão. Ele é primário, sustenta bons antecedentes e com hipótese de confusão espontânea tem redução da pena, então na pior das hipóteses ele fica no regime semiaberto, na melhor no regime aberto. Então, a prisão cautelar preventiva não deve ser mais gravosa do que a própria pena”, diz o advogado.
“É um jovem que, motivado pelo que a sociedade legitima, que é a fama fácil em rede social sem nenhum esforço, mas fazendo alguns absurdos como pular em chafariz, colocar panela na cabeça. É lamentável porque esse jovem deveria estar no nosso meio, deve sim receber uma reprimenda, deve sim pagar pelo que fez, mas não estar no meio de cidadãos infratores e criminosos convictos sendo recrutado por facções”, acrescenta. A defesa trabalha em um pedido de liberdade provisória.
Justiça manda cortar energia de casa localizada em Área de Preservação Permanente
Decisão foi objeto de recurso do Ministério Público; decisões anteriores determinaram que Celesc tinha que oferecer serviço para imóvel
As Centrais Elétricas de Santa Catarina não precisam mais fornecer energia elétrica à uma casa localizada em uma área de preservação permanente (APP) em Jaguaruna, no Sul catarinense. A concessionária estava fornecendo serviço para a residência após uma decisão do Tribunal de Justiça avaliar que o local tratava-se de uma “área urbana consolidada”. Agora, após recurso aceito pelo órgão, o fornecimento poderá ser interrompido. A decisão foi publicada nesta terça-feira (19) pelo Ministério Público de Santa Catarina.