Apuração será conduzida pela DEIC; até o momento, quatro BOs foram registrados contra a mulher, mas sabe-se que o número de vítimas é muito maior
O caso da mulher que fingiu ser esteticista e causou lesões em diversas mulheres será encaminhado pela Delegacia de Investigações Criminais da Polícia Civil de Santa Catarina. Isso acontece porque a investigação é considerada complexa e exige uma apuração especializada. Segundo a guarnição, apenas quatro vítimas registraram um boletim de ocorrência contra a mulher na 3ª Delegacia de Polícia de São José, sendo que uma delas alegou ter sofrido lesões.
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No entanto, o número de vítimas é muito maior. Dezenas de mulheres fizeram relatos informais denunciando a falsa biomédica e mostraram partes do corpo deformadas por conta dos procedimentos realizados. A reportagem do SC Acontece, da TVBV, trouxe, nesta quarta-feira (30), o relato da Vitória Tavares, uma das mulheres que procurou a mulher para fazer um procedimento estético.
“No outro dia, quando eu acordei já estava com a boca extremamente inchada. Vim trabalhar, liguei pra ela desesperada e ela me receitou um remédio que é corticoide alto. Na época, eu estava tomando 400 gramas de corticoide e ela me dizia somente para parar de tomar aquele medicamento quando parasse de inchar. Teve um dia que eu vir trabalhar, mas eu acordei extremamente inchada, cheia de alergia pelo meu rosto e tive que ir até a UPA. Quando cheguei na UPA, fui atendida pela médica e ela me disse que tudo o que eu estava tendo de reação pelo meu corpo e sentindo era pelo efeito do procedimento que deu totalmente errado”, contou a maquiadora em um relato nas redes sociais.
O caso veio à tona no fim da semana passada, quando diversas denúncias começaram a surgir nas redes sociais. Nesta segunda-feira (28), foi aberto um Inquérito Policial para investigar o caso e as vítimas devem ser ouvidas em breve para que a Polícia Civil possa avançar nas investigações.
Veja
Feminicídios: 91,18% dos casos no estado em 2025 foram resolvidos
Santa Catarina possui uma alta taxa de resolução em casos de mortes violentas, superando países referência em segurança nacional
As investigações acerca de mortes violentas têm uma alta taxa de sucesso nos últimos anos no estado, com números melhores que países referência em segurança nacional. Uma postagem feita nas redes sociais pelo delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, trouxe os dados. Em 2025, segundo a publicação, 71,18% dos casos tiveram a investigação bem sucedida. Os números são mais altos se considerados apenas os feminicídios, que tem taxa de resolução de 91,18%.
