Grupo detém carros e imóveis de luxo e é visto pela PCSC como organização criminosa
Cinco integrantes de uma família da cidade de Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina, estão na mira da Polícia Civil (PCSC) após uma investigação revelar que o grupo movimentou mais de R$ 24 milhões com um esquema de jogo do bicho entre 2015 e 2023. A Operação Patriarca, deflagrada nesta sexta-feira (23), cumpriu buscas em endereços dos investigados e bloqueou bens e valores.
A investigação iniciou em 2019 e apura os crimes de organização criminosa, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. De acordo com a PCSC, além de lucrar com o jogo ilegal, os bicheiros também faziam a lavagem do dinheiro para ocultar a origem ilícita. O esquema criminoso abrangia cidades até mesmo de outros estados, como Goiânia (GO).
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“Nós identificamos que uma família composta por cinco pessoas explorava esse jogo de azar, não só em Campos Novos, mas também em toda a região, e com isso auferia uma quantidade significativa de dinheiro. Nós acompanhamos toda a movimentação financeira dos integrantes dessa família durante os últimos anos, no transcorrer da investigação, e identificamos ali que os membros dessa família movimentaram aproximadamente R$ 24 milhões”, explicou o delegado Adriano Almeida, titular da 26ª Delegacia Regional de Polícia.

Família na mira de operação
A Operação Patriarca cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Campos Novos e Goiânia. Durante as buscas, foram coletados documentos e outros elementos que servirão de base para continuar a investigação. A continuidade das diligências ocorre em sigilo.
A Vara de Garantias de Caçador determinou também o bloqueio de R$ 8,34 milhões nas contas bancárias e o sequestro de 10 veículos e 11 imóveis de luxo registrados em nome dos investigados. A medida busca interceptar o esquema criminoso e garantir a recuperação dos valores obtidos com a exploração do jogo do bicho.
“São casas de alto padrão, apartamentos e também terrenos situados não só no município de Campos Novos, mas também na cidade de Goiânia, em Goiás. Além disso, também foram objetos do sequestro 10 veículos, sendo nove automóveis e uma motocicleta”, afirmou o delegado.
Justiça nega pedido de Santa Catarina e mantém limite da pesca da tainha
Juiz argumenta que medida visa impedir possível extinção da espécie; Estado avalia recorrer
A Justiça Federal negou o pedido do Estado de Santa Catarina para suspender o limite de pesca de 1,1 mil toneladas de tainha por arrasto de praia na safra deste ano em Santa Catarina. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (22) pelo juiz Charles Jacob Giacomini da 6ª Vara Federal de Florianópolis. O Estado avalia se entrará com recurso.