8 de outubro de 2024
TVBV ONLINE
Paulo Chagas

Lei determinando o que é fake news seria censura prévia, disse Jorge Seif

No primeiro pronunciamento em que fez em Plenário, na semana passada, o senador catarinense, Jorge Seif (PL-SC) condenou, a tentativa de se criar uma lei que determinaria o que é fake news, com punição contra quem as crie e divulgue. Na opinião dele, deliberações sobre essa pauta significam uma tentativa de instituir a censura no país. O senador disse estar preocupado porque leu uma reportagem segundo a qual um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) entregaria ao Congresso uma proposta de lei nesse sentido. Jorge Seif afirmou ainda que, apesar de o fenômeno das redes sociais e da popularização da internet facilitar a promoção de calúnia, difamação e falsidade, a Constituição garante a livre manifestação do pensamento. Censura prévia e bloqueio de contas, disse, são inconstitucionais. E ainda desafiou: “Eu gostaria de sugerir aos ministros do Supremo Tribunal Federal que queiram legislar que tenham a mesma coragem do ex-ministro [senador] Sérgio Moro [União-PR], ex-juiz de primeira instância, que abdicou de sua vida de magistrado e veio para cá, candidatou-se e se elegeu senador pelo estado do Paraná”. Para o senador, “ninguém consegue controlar o que os outros pensam e opinam”. Jorge Seif lembrou que as leis atuais já preveem punição de pessoas que cometam injúria, calúnia e difamação. (Foto: Roque de Sá / Fonte”: Agência Senado

Governador Jorginho Mello prestigia abertura do Carnaval em Joaçaba

Governador, através da Fundação Cultural destinou recursos para ajudar a pagar as despesas. Foto: reprodução vídeo

Joaçaba, no Meio Oeste, realiza o melhor Carnaval do interior de Santa Catarina. No sábado (18), à noite, Jorginho Mello, que em outras ocasiões vivenciou o evento, quando chegou a ser tema de uma das escolas. Agora, retornou como governador. Ele participou e discursou na abertura, declarando que se trata de uma festa muito nossa. Com ele, as presenças dos deputados Neodi Sarettta (PT), Lucas Neves (Podemos), e Maurício Eskudlark (PL), além de representantes da Fundação Catarinense de Cultura. Ao se pronunciar, evidenciou o trabalho e o sacrifício que a organização do Carnaval tem até conseguir chegar na avenida e desfilar, e mesmo assim acontece tudo maravilhosamente.  Nesse sentido valorizou os abnegados que se dedicam à festa popular. Dessa maneira, ressaltou que depois de dois anos em razão do afastamento devido à pandemia, o reencontro de homens e mulheres, de famílias.

Movimento da economia

Jorginho Mello lembrou que a economia dos municípios de Herval do Oeste e Joaçaba celebra a presença dos visitantes que lotaram todos os hotéis da região. Afinal, Carnaval não é só festa. Também movimenta o turismo, lota hotéis e restaurantes. Gera renda e emprego. É isso que precisamos no nosso Estado: fazer a economia girar, beneficiando todas as pessoas. Politicamente, agradeceu os votos conquistados na região e foi aplaudido, ao dizer que está feliz em ser o governador de Santa Catarina. Prometeu novamente muito trabalho em favor do Estado que ama. Na ocasião entregou um cheque simbólico no valor de R$ 500 mil para ajudar a pagar parte das contas.

Carnaval & Política

Pelo lado da brincadeira, temas políticos inspiram fantasias. Foliões abusam da criatividade. Foto: Paulo Paiva/ Jornal Diário de Pernambuco

Brasil, “terra do samba”. Por quatro dias o povo se sacode na alegria do Carnaval. Justo. Segue uma tradição. Momento para esquecer as mazelas políticas e cair na folia. O problema será acordar na quarta-feira de cinzas e se dar conta que precisa voltar à realidade. Contextualizo meu pensamento, dizendo que todos estamos dançando um enredo também na política. O difícil é saber qual será a nota final. Os “mestres-salas” foram definidos pelo voto em meio às desconfianças. Isso em todas as “alas”, de deputado a presidente. Um contorcionismo obscuro se desenrola nas “passarelas” dos três poderes, sem qualquer avaliação positiva, exatamente pela falta de uma boa afinação no enredo das intenções, e nos desfiles da enganação. Em meio à folia da Festa do Rei Momo nas ruas, a percepção é de outra folia vem se desenrolando no campo político há muito tempo; sem que tenhamos a certeza de que lá na frente, os verdadeiros carnavalescos terão motivo de voltar às ruas, para novamente vestir as fantasias e extravasar na brincadeira. Eis a reflexão. Tirando a beleza do Carnaval, é preciso lembrar que vivemos tempos nebulosos. E, se formos olhar seriamente para a face política, desenhada a partir do último pleito, certamente o desfile principal do povo, seria no “Bloco da Amargura”. Enfim. Pena que o simbolismo e a alegria do Carnaval são passageiros.