26 de junho de 2025
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Lula determina que Itamaraty se responsabilize pelo translado do corpo de Juliana Marins

Reprodução/Redes Sociais
Brasileira morreu após cair de um penhasco a beira de uma trilha em um vulcão; família aponta negligência do governo local nas ações de resgate

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (26) que determinou que o Ministério das Relações Exteriores “preste todo o apoio à família” de Juliana Marins, brasileira morta ao cair de uma trilha de vulcão na Indonésia, “o que inclui o translado do corpo até o Brasil.”

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“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, publicou o presidente no X.

Ainda nesta quarta (25), o Itamaraty havia confirmado que não faria o translado do corpo da jovem de 26 anos porque a legislação brasileira “proíbe expressamente” que o serviço seja pago com recursos públicos. Com a notícia, tanto o prefeito de Niterói, cidade onde a jovem vivia quanto o ex-jogador Alexandre Pato se dispuseram a arcar com os custos.

Segundo a pasta, o decreto nº 9.199/2017, prevê que “a assistência consular não compreende o custeio de despesas com sepultamento e translado de corpos de nacionais que tenham falecido do exterior, nem despesas com hospitalização, excetuados os itens médicos e o atendimento emergencial em situações de caráter humanitário”.

Ainda de acordo o MRI, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as embaixadas e consulados brasileiros podem “prestar orientações aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”.

Corpo de jovem foi resgatado na terça-feira

Juliana se acidentou na sexta-feira (20) durante a trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Segundo testemunhas, a brasileira teria sido deixada para trás pelo guia contratado quando parou para descansar. Seu desaparecimento só foi notado horas depois. Desde então, ela ficou sem água, comida ou roupas próprias para suportar o frio da região.

Quando os socorristas finalmente chegaram à brasileira, nesta quarta (25), ela já havia morrido. A morte foi confirmada pela família em publicação no perfil criado para atualização do trabalho de resgate. “ “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz trecho do comunicado”.

Os familiares acreditam que houve “grande negligência” nas atividades de resgate. “Se a equipe tivesse chegado até ela dentro de um prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva”, afirmam. “Agora, nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece”.

O governo da Indonésia, responsável pelo Parque Nacional do Monte Rinjani, onde fica a trilha e o vulcão, justifica a demora dizendo que “a evacuação envolveu a colaboração entre diversas agências e voluntários, trabalhando em terreno extremo com clima imprevisível”.

           

             

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