9 de maio de 2025
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Policial

Máfia das funerárias: 10 são denunciados por formação de cartel em Chapecó

Suspeitos agiram para impedir que novas empresas do ramo se instalassem na cidade, afirma MPSC

Dez pessoas suspeitas de formarem um cartel de empresas do setor funerário de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, foram denunciadas pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca. A ação é resultado da Operação Cortejo, deflagrada em novembro de 2024 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). As investigações revelaram que os denunciados teriam feito uso de ameaças e agido de forma coordenada para eliminar a concorrência e manter o monopólio do mercado local.

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Os denunciados são sócios e representantes de diversas funerárias de Chapecó. Segundo a denúncia, entre julho e novembro de 2024, eles teriam se articulado para impedir a instalação de novos concorrentes na cidade. As medidas incluíram desde a criação de um grupo de WhatsApp para o alinhamento de estratégias, até ameaças diretas a empresários do setor.

Em um dos casos descritos na denúncia, integrantes do grupo teriam ido até a sede de uma funerária que se instalaria na cidade e, com graves ameaças, coagiram o empresário a desistir de seguir com o empreendimento. Em outro episódio, um funcionário dessa mesma funerária teria sido constrangido no Hospital Regional do Oeste e impedido de fazer o translado de um corpo.

As provas colhidas pelo GAECO incluem trocas de mensagens e áudios que demonstram o conluio entre os envolvidos para controlar o mercado funerário da região. “A denúncia destaca que os atos teriam sido praticados com pleno conhecimento e consentimento dos sócios das funerárias envolvidas, demonstrando a intenção deliberada de prejudicar a livre concorrência e obter vantagem econômica indevida”, afirma o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A denúncia, que passa agora para análise do Poder Judiciário, pede também o estabelecimento de um valor mínimo de indenização pelos denunciados, como forma de reparar os danos causados à coletividade.

“O que identificamos foi uma articulação orquestrada entre empresas do setor funerário para eliminar qualquer possibilidade de concorrência em Chapecó. Esse tipo de conduta não só infringe a legislação penal, mas também compromete a liberdade de mercado e prejudica diretamente a população, que fica sem opção de escolha e acaba arcando com os prejuízos”, disse o promotor Alessandro Rodrigo Argenta, autor da denúncia.

Operação Cortejo 

A Operação Cortejo, conduzida pelo GAECO nos dias 27 e 28 de novembro, cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão, resultando em duas prisões em flagrante. A investigação apurou crimes de extorsão, organização criminosa e violações à ordem econômica no setor funerário de Chapecó.

Durante as buscas, um empresário foi preso por porte ilegal de armas de uso restrito, e outro, após a descoberta de restos mortais humanos no forro de sua residência. A origem dos ossos ainda está sendo investigada. Ambos foram soltos e respondem à ação penal em liberdade.

           

             

Corpo é encontrado com sinais de violência em rancho de pesca

Caso é investigado pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Laguna

O corpo de um homem foi encontrado na última segunda-feira (5) em um rancho de pesca na comunidade de Cangueri de Fora em Imaruí, no Litoral Sul de Santa Catarina. Segundo a Polícia Civil (PCSC), que investiga o caso, a vítima apresentava sinais de violência.

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