Embarcação que partiu de Santa Catarina com destino à Europa foi interceptada na costa da África; carga é avaliada em R$ 2 bilhões e tripulação foi presa
A Marinha da França intercepta um barco pesqueiro que saiu de Santa Catarina com quase seis toneladas de cocaína. A abordagem ocorre na costa da África Ocidental, em uma operação que reflete o cerco das autoridades europeias contra o tráfico internacional de drogas. A carga, que totaliza 5,9 toneladas, é avaliada em R$ 2 bilhões.
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A embarcação tinha como destino final a Europa, utilizando uma rota que passa pelo continente africano. Segundo as investigações, o plano dos criminosos era cruzar a África para distribuir o entorpecente no mercado europeu. Toda a tripulação a bordo do pesqueiro foi presa durante a ação. As autoridades apontam que essa é uma tática cada vez mais comum utilizada por organizações criminosas, que recrutam pescadores para transportar grandes carregamentos de drogas em embarcações como pesqueiros, lanchas e veleiros.
Quando conseguem escapar da fiscalização, os tripulantes realizam a entrega das cargas em alto-mar. Criminosos europeus se aproximam em lanchas de alta velocidade para receber a droga e garantir sua entrada no continente.
Rota do tráfico e apreensões recordes
A interceptação do barco catarinense não é um caso isolado e se soma a uma série de outras grandes apreensões realizadas pela Marinha francesa na mesma região, evidenciando uma rota consolidada do tráfico a partir do Brasil. Em março do ano passado, uma operação semelhante resultou na apreensão de 10,7 toneladas de cocaína em um pesqueiro brasileiro, também na costa africana.
Cinco meses após essa ocorrência, outro barco com seis brasileiros foi interceptado enquanto navegava em direção à Europa, transportando meia tonelada da droga. Ainda em 2024, outra embarcação de traficantes que havia partido do Brasil foi descoberta em Cabo Verde, na África, reforçando o padrão da rota transatlântica.
As ações contínuas da Marinha da França têm gerado resultados expressivos. Apenas este ano, as apreensões de drogas já bateram recorde, totalizando 45 toneladas interceptadas até o momento, um volume que demonstra a intensificação do fluxo de entorpecentes e dos esforços para combatê-lo.
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