15 de novembro de 2025
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Policial

Médico que cobrava para antecipar cirurgias no SUS é condenado a 17 anos

Foto: Freepik
Profissional foi julgado pelo crime de corrupção passiva; outros 27 réus, incluindo o intermediador do esquema, também são investigados

Um médico de Santa Catarina que burlou a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para cirurgias eletivas por meio de solicitação de pagamentos foi condenado a 17 anos e seis meses de reclusão. O caso foi registrado no município de Tangará, no Meio-Oeste do estado, e envolvia, além do médico, outros 27 réus. A investigação em torno do caso fez parte da Operação Emergência, deflagrada naquela região.

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O esquema de corrupção passiva foi realizado entre setembro de 2017 e janeiro de 2018, durante cerca de cinco meses. O crime consistia na solicitação de pagamentos por parte dos pacientes para terceiros, que seriam beneficiados com a prioridade no atendimento em relação a outros que estavam na frente deles na fila. O valor pago variava de R$ 300 a R$ 1.200, a depender do grau de complexidade do procedimento cirúrgico. Conforme a investigação, ao menos 14 pacientes teriam pago o valor ilícito e foram submetidos a cirurgias.

A investigação usou como base provas obtidas por meio de interceptações telefônicas, que revelaram que o profissional negociava valores e organizava listas de pacientes com um intermediário, com garantia de prioridade na fila mediante pagamento. Em alguns casos, autorizações de internação eram emitidas como emergenciais para justificar a operação imediata. O caso envolveu casos cirúrgicos de pequena, média e alta complexidade. Entre elas: fimose, retirada de vesícula, histerectomia e procedimentos mais complexos.

Além do médico, outros 27 réus – médicos, empresários, políticos, agentes públicos e pacientes – também são investigados pelos crimes de corrupção ativa, passiva e inserção de dados falsos nos registros do SUS. A investigação apontou também que o esquema era liderado pelo intermediário. Ele era responsável por todas as tratativas, desde a obtenção dos documentos nos municípios até o agendamento de horários nos consultórios dos médicos. Outros agentes públicos, que utilizavam a estrutura do hospital para fazer a cobrança, também são investigados.

Em alguns casos, com o intuito de camuflar o esquema, consultas particulares eram agendadas com o médico para disfarçar o pagamento da cirurgia e evitar a exposição do pagamento ilegal. A decisão também determinou a perda do cargo público, a comunicação ao Conselho Regional de Medicina e reforço nos mecanismos de controle do SUS. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça, e o réu poderá recorrer em liberdade.

           

             

Arbitragem definida para final da Copa SC e Avaí joga para cumprir tabela

Primeiro jogo da decisão acontece no domingo (16), às 17h; “Leão da Ilha” enfrenta o Remo às 16h30 deste sábado (15)

A Federação Catarinense de Futebol divulgou a equipe de arbitragem escalada para o primeiro jogo da final da Copa Santa Catarina, que acontece no próximo domingo (16), em Joinville. O escolhido para ser o árbitro principal é Luiz Augusto Silveira Tisne, que será auxiliado por Bruno Muller e Clair Dapper. Os quarto e quinto árbitros serão Edson da Silva e Henrique Neu Ribeiro, respectivamente. Todos apitam com escudo da Confederação Brasileira de Futebol.

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