Suspeito é investigado por integrar uma rede nacional que desbloqueava celulares roubados para vendas e fraudes financeiras
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) cumpriu na manhã desta segunda-feira (17) um mandado de busca e apreensão em Blumenau, no Vale do Itajaí, como parte de uma megaoperação nacional contra a receptação e o desbloqueio de celulares de origem criminosa. A ação foi conduzida pelo Departamento de Investigações Criminais de Blumenau, em apoio à Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ).
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Segundo a PCERJ, as investigações apontaram que um suspeito, já preso na primeira fase da chamada Operação Rastreio, usava programas virtuais hospedados no exterior para desbloquear de forma remota celulares roubados ou furtados.
A polícia também identificou receptadores em pelo menos 11 estados, que procuravam esse serviço e mantinham contato com ele. Entre eles está o suspeito de Blumenau, que teria mantido contato com essa rede criminosa para viabilizar o desbloqueio de celulares supostamente furtados ou roubados.
Durante o cumprimento das buscas, o suspeito foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a suspeita de receptação de celulares. No estabelecimento comercial ligado a ele, os policiais encontraram diversos aparelhos, todos catalogados e apreendidos para análise, com o objetivo de verificar se têm origem criminosa.
Entenda a operação nacional
A ação faz parte da “Operação Rastreio”, uma ação nacional contra furtos, roubos e receptação de celulares. Deflagrada nesta segunda-feira (17), a operação cumpre 132 mandados judiciais simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.
A investigação teve início com a prisão do criminoso, que ministrava cursos online ensinando a desbloquear celulares furtados ou roubados. A partir desta prisão, os agentes identificaram uma rede de “clientes” do criminoso em todos os estados do país. Muitos destes são proprietários de lojas, boxes e quiosques, responsáveis por reintroduzir os aparelhos no mercado, dando aparência de legalidade aos bens.
De acordo com a PCERJ, alguns dos investigados buscavam desbloquear os celulares para acessar informações pessoais das vítimas e, assim, abrir contas bancárias ilegalmente, entrar em aplicativos de bancos, fazer empréstimos fraudulentos e retirar dinheiro das contas.
Até o momento, foram mais de 10 mil aparelhos recuperados, 2,8 mil devolvidos às vítimas e mais de 700 criminosos presos.
*Com revisão de Fernando Bortoluzzi




