Apontado como autor de feminicídio possui longo histórico ‘extremamente violento’ de tortura e agressões
A Polícia Civil (PCSC) localizou e prendeu na última quarta-feira (10) o homem apontado como autor do feminicídio de Suzana Perez Valerio, morta a facadas em Florianópolis no último dia 1º. O homem estava em Porto Alegre (RS), onde coagia sua ex-companheira a lhe dar comida e abrigo.
A investigação da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capital (DPCAMI) aponta que Marcelo Freitas, de 30 anos, é o principal suspeito de ter matado Suzana com 63 golpes de faca na casa da vítima no bairro Saco Grande, em Florianópolis.
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Após cometer o crime, o suspeito fugiu para a capital gaúcha de carona em um carro de aplicativo. No caminho, ele descartou o próprio celular e o de Suzana em Tubarão, no Sul catarinense. Em Porto Alegre, Marcelo buscou a ajuda de sua ex-companheira, com quem tem um filho, e que também havia sido vítima de agressões e sendo coagindo com ameaças.
O suspeito foi localizado pela PCSC por meio de diligências e monitoramento. Ele foi preso e encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça pelo menos até a conclusão das investigações. Ele pode responder pelo crime de feminicídio qualificado.
Padrão de violência e tortura contra mulheres
De acordo com a delegada Camila Rizzo Andrioli, da DPCAMI de Florianópolis, as investigação apontam que Marcelo apresenta um padrão reiterado de extrema violência e agressões contra mulheres, envolvendo inclusive tortura física e psicológica. Ao menos três mulheres já haviam solicitado medidas protetivas de urgência contra o homem antes do assassinato de Suzana.
Entre os métodos utilizados estavam agressões graves, ameaças de morte, controle das redes sociais e da vida das vítimas. Marcelo já chegou a raspar o cabelo de uma das vítimas a força usando uma faca e também ameaçou a ex-companheira com uma arma branca enquanto ela estava grávida.
O homem havia deixado a prisão cerca de três meses antes de matar Suzana em Florianópolis, onde estava preso pela Lei Maria da Penha.
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