27 de setembro de 2025
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Flávio Jr

Na Ilha do Campeche o mar revela a história

Imagem: Gilson Vilela

As oficinas líticas são registros milenares do trabalho humano. São verdadeiros testemunhos de um tempo em que mãos ancestrais moldavam ferramentas e sonhos. Cada sulco, cada inscrição, guarda a memória de povos que abitaram a nossa terra e que aprenderam a dialogar com a natureza e com a pedra que, através dela, deixaram um rastro eterno.

A Ilha do Campeche é mais que uma paisagem: é o solo sagrado da arte rupestre. Neste cenário a maré, que molda e desfaz a praia de areias brancas a cada ciclo revelou o que estava oculto. Entre ondas e areias movidas, pedras milenares emergiram com oficinas líticas, revelando uma história soterrada pelo tempo e pela dança entre a areia e a maré. O mar, que guarda naufrágios, novamente foi cúmplice da memória e abriu um livro, expondo à luz vestígios de um mundo que insiste em permanecer.

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Existem na Ilha cerca de 160 inscrições rupestres catalogadas, além disso são cerca de nove oficinas líticas. Na dança entre mar, pedra e homem, a Ilha do Campeche novamente surpreende e confirma que não é apenas cenário, mas lembrança viva: um pedaço de história que ressurge, para que nunca seja esquecido. Neste pedaço de terra mágico as inscrições gravadas em rochas à beira-mar não são apenas símbolos, mas vozes do passado que nos alcançam em linhas e formas. São sinais de presença, de vida, de cultura que antecede os mapas e os nomes.

Confira o vídeo captado por Gilson Vilela integrante da Associação de Preservação da Ilha do Campeche ACOMPECHE:

           

             

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