27 de julho de 2024
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Ocorrência

Nível do Guaíba abaixo dos 4 metros pela primeira vez em 18 dias

Foto: Alex Rocha/PMPA

Máximo da enchente foi de 5,35 metros em Porto Alegre

Na madrugada desta quarta-feira (22/5), o nível do Guaíba em Porto Alegre ficou abaixo dos 4 metros, conforme o monitoramento realizado com o apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB). É a primeira vez que isso ocorre desde o dia 3 de maio. Apesar da redução, a marca ainda está acima da cota de inundação, de 3 metros.

“A tendência é que o nível do Guaíba continue a diminuir. No entanto, com os eventos de chuva previstos para os próximos dias, é possível que ocorram alguns repiques, ou seja, algumas pequenas elevações. Isso faz com que ocorra um atraso no retorno ao nível abaixo dos 3 metros”, explica o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos.

 

Após as fortes chuvas na região, o nível do Guaíba começou a subir e, no dia 4 de maio, registrou a máxima histórica de aproximadamente 5,3 m. A cota superou o recorde anterior, registrado em 1941, que era de 4,75 m. Em seguida, o nível estabilizou e iniciou um processo de descida, mas com o retorno das chuvas, o Guaíba estabilizou em um patamar elevado, retornando o declínio nos últimos dias.

O destino das águas que passam pelo Guaíba é a Lagoa dos Patos, no sul do estado. Nos municípios da região – Arambaré, São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande, o nível da água está elevado e acima da cota de inundação. É possível acompanhar as cotas na plataforma SACE , do SGB, a partir de dados obtidos por observadores.

Números da tragédia

O número de mortos em decorrência da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul segue em 161, conforme a última atualização da Defesa Civil gaúcha às 9h desta terça-feira. Oitenta e duas pessoas seguem desaparecidas.

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O número de pessoas nos abrigos vêm caindo, sendo que  68,3 mil ainda estão sendo amparadas, enquanto outras já retornaram às suas casas.

Mais de 160,6 mil casas e estabelecimentos seguem sem energia elétrica, o que corresponde a 3,8% dos clientes da CEE Equatorial e 2,9% do total de clientes da RGE. A atualização do número de pessoas sem abastecimento de água não foi informada pela Corsan.