24 de dezembro de 2025
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Flávio Jr

O verdadeiro sentido do Natal nos gestos simples

Imagem: FreePik.

O Natal chega como um visitante antigo anunciado pelas luzes que surgem nas ruas, no cheiro de comida que toma conta da casa ou das músicas que despertam memórias adormecidas. A magia vai além dos enfeites e dos rituais, pois o Natal carrega algo mais profundo: um convite silencioso à pausa e ao encontro.

Em muitos lares, o Natal é memória: vozes que já não estão conosco, risos, receitas repetidas como rituais que insistem em permanecer. O significado muda de forma de acordo com cada cultura, mas nunca altera a essência. Para os cristãos, é o nascimento de um menino que ensinou o amor e deu a vida na cruz para perdoar nossos pecados. Foi Deus enviando seu filho à terra para lembrar que a grandeza mora nos gestos simples. Para povos antigos ou com tradições ligadas à natureza, este é o tempo do solstício de inverno, quando a luz começa a retornar após o período mais escuro do ano. Ou seja, um símbolo de renascimento, resistência e esperança.

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Muitas pessoas celebram com festas, outras com silêncio. Há quem tenha muito para dividir ou outros que querem apenas ser percebidos e vistos. É assim que o Natal, talvez, revele o sentido mais honesto mostrando que não exige perfeição, apenas presença. Acima de tudo, mostra que a paz não nasce de grandes discursos, mas na confiança e na certeza que o verdadeiro amor não se prova em promessas, mas em atitudes diárias e honestas.

Em uma sociedade onde a pressa, a mentira, os conflitos e diferenças se tornam comuns, esta data mostra uma linguagem comum. Uma fala de acolhimento, quando a perversidade parece excluir o que a de melhor, de partilha, deixando para traz o medo e o acúmulo, ou de humanidade, quando a indiferença se torna rotina. Não importa a crença ou a tradição: a mensagem de que cuidar do outro é também cuidar de si se repete.

Que o Natal, então, não se limite a um dia no calendário. Que ele se estenda para além das luzes apagadas e das mesas desfeitas. Que permaneça como um exercício diário de gentileza, como um lembrete de que ainda é possível escolher o amor, mesmo em tempos difíceis. E que, entre tantas formas de celebrar, nunca nos falte a mais essencial: a capacidade de semear o bem, a paz e a verdade, onde quer que estejamos.

           

             

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