Nomeação pelo Programa Brasileiro de Reservas de Surf ocorreu em setembro, com outras 3 praias brasileiras
A Praia do Moçambique, no leste de Florianópolis, será oficialmente nomeada como Reserva Nacional de Surf (RNS). O título do Programa Brasileiro de Reservas de Surf tem como missão reconhecer, valorizar e conservar ondas icônicas e seus ecossistemas no litoral brasileiro. A solenidade ocorre neste domingo (8), Dia Mundial dos Oceanos.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5) pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), após uma reunião com representantes do Instituto Save Planet, Associação de Surf do Moçambique (ASM) e Associação Surf Sem Fronteiras para tratar do título.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
A praia do Moçambique atendeu aos quatro requisitos exigidos para se tornar Reserva Nacional de Surf: qualidade, consistência e relevância das ondas; características socioecológicas do ecossistema de surfe; cultura, história e desenvolvimento do surfe no local; e engajamento comunitário, capacidade de governança e sustentabilidade. O título é válido inicialmente por um período de dois anos.
A Fesporte, em nome do presidente, Jeferson Batista, parabenizou às entidades responsáveis pelo trabalho realizado em prol do meio ambiente, fundamental para a prática do esporte. “Agradecer por esta visita nesta tarde aqui na Fesporte e falar de duas questões muito importantes para a nossa sociedade: o meio ambiente e o esporte. A praia do Moçambique é um lugar icônico no nosso estado que tem uma história única e receber o título de Reserva Nacional de Surf certamente será um momento histórico e importante”, explicou Jeferson.
A presidente do Insituto Save Planet, Michele Montenegro, detalhou a importância do título concedido ao Moçambique. “As Reservas Nacionais de Surf desempenham um papel vital em diversas esferas, no avanço das agendas climáticas sociais e ambientai e nas agendas globais. As reservas reúnem comunidades e surfistas em ações de preservação do meio ambiente e estar aqui na Fesporte hoje mostra essa proximidade com o esporte”, complementou.
O surfe no Moçambique
A história do surfe em Florianópolis e na Praia do Moçambique inicia na década de 1970, com encontros na loja Piu Surfboards na Barra da Lagoa. Porém, a década de 1980 aparece como um marco no desenvolvimento do surfe em Floripa, com a realização do Hang Loose Pro de 1986 na praia da Joaquina, que revelou as pessoas, as belezas naturais e a qualidade das ondas da Ilha.
No ano de 1987, a Federação Catarinense de Surfe é reconhecida e, no início do ano de 2000, cria-se a Associação de Surfe do Moçambique (ASM), com história significativa na organização de campeonatos locais, regionais e nacionais, sempre baseando-se em princípios ambientais
A Praia do Moçambique possui a maior extensão da Ilha, com 12,5 km que ligam dois importantes bairros: São João do Rio Vermelho e Barra da Lagoa. As ondas são consistentes ao longo do ano, com variações de tamanho entre 0,5m e 2,5m, podendo atingir até 4m em dias de ressaca.
Um dos pontos mais procurados é o Canto das Aranhas, que oferece uma das melhores condições da Ilha quando a ondulação é de leste e o vento nordeste. No meio da praia há inúmeras bancadas, que oferecem ondas tubulares e/ou longas, dependendo das condições do swell. É o local preferido de treinos para quem pretende viajar para o Hawaii, Indonésia, entre outros, devido à potência das ondas. O pico da Barra da Lagoa funciona bem com ondulação de Leste ou Sul, sendo ideal para iniciantes e longboarders.
Dia do Manezinho é celebrado com programações culturais no Centro de Florianópolis
Prefeitura aproveita evento para sancionar lei de apoio à renda de bilro
O Dia do Manezinho será comemorado com uma programação especial no Largo da Alfândega, no centro de Florianópolis. O evento, que busca homenagear cultura e tradição local, é aberto ao público e será realizado neste sábado (7), a partir das 9h.