Execução em Imbituba revelou modo de atuação do núcleo da facção criminosa
A Polícia Civil (PCSC) deflagrou nesta quinta-feira (18) uma ofensiva contra o chamado “tribunal do crime” da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O objetivo foi prender três suspeitos de executar um homem de 34 anos em Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina, no dia 14 de outubro, e de tentar destruir provas para dificultar a investigação.
A Operação “Em chamas” mobilizou ao todo 85 policiais, que conseguiram encontrar dois dos alvos nas cidades de Imbituba e Palhoça, na Grande Florianópolis. O terceiro alvo é considerado foragido, enquanto um quarto envolvido no crime foi preso pela Polícia Militar (PMSC) em São José, menos de 12 horas depois do assassinato. A ação cumpriu também 15 mandados de busca e apreensão, quando foram apreendidos celulares e documentos de interesse da investigação, além de uma prisão em flagrante por posse de munições de calibres permitido e restrito.
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Os alvos são investigados pelos crimes de homicídio qualificado, incêndio doloso e fraude processual majorada, praticados no contexto da facção criminosa. A execução em Imbituba ocorreu em 14 de outubro, quando os criminosos invadiram a residência da vítima, no bairro Alto Arroio, por volta das 3h. O homem foi morto enquanto dormia com pelo menos 54 disparos de arma de fogo, na frente da esposa e da filha.
Segundo a PMSC, ele possuía um mandado de prisão em aberto expedido pela comarca de Florianópolis, o que sugeriu possíveis ligações com o crime organizado. Segundo a investigação da Delegacia de Imbituba, o homicídio foi previamente planejado, sendo que parte dos criminosos se deslocou da Grande Florianópolis até Imbituba, aguardou o momento da execução e retornou logo em seguida.
Tribunal do Crime
De acordo com a PCSC, a execução está diretamente ligada ao chamado “tribunal do crime” do PGC. Trata-se de um núcleo da facção responsável por “decretar” a morte de integrantes, desafetos e pessoas com dívidas com os criminosos. Segundo a delegada Susana Seibel, responsável pela investigação, o assassinato da vítima foi motivado por conflitos internos na organização criminosa.
O grupo atua sempre com o mesmo modo de agir, surpreendendo as vítimas em ações rápidas. Os criminosos utilizam pistolas com carregadores estendidos, luvas e balaclavas, e efetuam uma série de disparos, garantindo a morte do alvo em poucos instantes. Os investigados estão ainda envolvidos em uma série de outros homicídios na região.
Após cometerem as execuções, o núcleo do PGC incendeia veículos e destrói provas do crime. Foi o que ocorreu durante a investigação do assassinato em Imbituba, em que um dos suspeitos ateou fogo no carro utilizado para o deslocamento e que havia sido apreendido pela PCSC durante a prisão em São José.
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