Caso cheio de reviravoltas começou com foto de criança segurando munição de fuzil
A reviravolta de um caso policial resultou na prisão de um homem nesta segunda-feira (1º), suspeito de incitar o próprio filho a matar a mãe para poder ficar com a guarda da criança. A investigação, que iniciou com a denúncia de que a criança corria perigo com a mulher em Gaspar, no Vale do Itajaí, revelou uma série manipulações por parte do pai para incriminar a mulher.
O caso chegou à Polícia Civil (PCSC) em junho deste ano, quando o suspeito registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Ilhota – cidade onde morava, a cerca de 16 quilômetros de Gaspar –, onde apresentou uma foto do filho segurando uma munição de fuzil. Ele afirmou que a criança estaria tendo acesso a munições, armas e drogas quando estava na residência da mãe.
> Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias do TVBV Online em primeira mão
A denúncia passou a ser investigada e, após uma série de desdobramentos – incluindo buscas domiciliares e análise de celulares – a polícia descobriu que foi o pai quem fotografou o filho com a munição, com o próprio celular e em sua casa em Ilhota. Segundo a PCSC, o homem teria ainda tentado convencer a criança a colocar a munição na casa da mãe para incriminá-la diante da investigação.
O inquérito revelou ainda que o pai da criança já possuía as munições irregularmente em sua residência e, motivado pela disputa de guarda, manipulou o filho para que ele portasse as munições e as guardasse na casa da mãe. O filho foi ouvido pela PCSC, acompanhado de um psicólogo, e afirmou que o pai também o incitava a machucar e até matar a mãe. A conduta do homem , para a PCSC, era de não apenas perseguir a ex-companheira, mas também corromper o próprio filho.
Durante o prosseguimento das investigações, o suspeito mudou-se para a cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, a mais de 630 quilômetros de distância de Gaspar. Lá, ele foi alvo de um mandado de prisão preventiva nesta segunda-feira, após a conclusão do inquérito e o indiciamento por sete crimes. A ordem judicial foi expedida pela Justiça da comarca de Gaspar e cumprida pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
O homem responderá pelos delitos cometidos contra a ex-companheira e também contra o próprio filho. Somadas, as penas máximas pelos crimes citados pelo delegado Filipe Martins podem chegar a 38 anos de reclusão:
Denunciação caluniosa (art. 339 do CP)
Perseguição (art. 147-A do CP, sob a Lei Maria da Penha)
Fraude processual (art. 347 do CP)
Posse ilegal de munição de uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/03)
Porte ilegal de munição de uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/03)
Fornecer ou entregar arma, munição ou explosivo a uma criança ou adolescente (art. 242 do ECA)
- Corrupção de menores (art. 244-B do ECA)
Denúncia contra assassino de estudante em Florianópolis revela detalhes do crime
‘O denunciado utilizou a vítima como mero objeto para seu prazer sexual e, após a sua satisfação, acabou com a vida dela’, afirma promotor
O homem que matou a professora e estudante Catarina Kasten na praia do Matadeiro, em Florianópolis, foi formalmente denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta segunda-feira (1º). Giovane Correa Mayer, de 21 anos, responderá pelos crimes de estupro e feminicídio com agravantes, além de ocultação de cadáver.





