Quatro pessoas, sendo três do ramo da advocacia, foram sentenciadas por auxiliar trocas de informações entre membros presos e livres
Um advogado, a ex-esposa e outras duas advogadas foram condenadas pelo envolvimento em um esquema que facilitava a comunicação entre membros presos e livres de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. Os crimes ocorreram no município de Joaçaba, mas a investigação teve desdobramento em outras cidades da região. O homem foi apontado como o principal articulador e recebeu a maior pena – nove anos, nove meses e 14 dias de prisão. Somando as de todos os condenados, a sentença passa dos 22 anos de reclusão.
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Os condenados foram alvos da Operação Balthus, deflagrada em junho do ano de 2024 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do MPSC e pelo Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC). As ações foram realizadas em apoio a uma investigação conduzida pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba, que apurava uma “sintonia” entre os advogados e membros de uma organização criminosa.
Conforme a condenação, o líder do esquema era abusava de prerrogativas profissionais para facilitar a organização entre membros detidos e outros que estavam livres. O advogado ainda teria movimentado milhões de reais faturados com o crime com a ajuda da ex-esposa para atender os interesses da mesma facção. Para isso, ele ainda teve a ajuda de duas sócias, também advogadas.
Desdobramentos
Visando colher provas e mais informações sobre o esquema, a operação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão. As ações foram realizadas em 2024 e miravam alvos em cidades da região do Meio-Oeste catarinense. Além de Joaçaba, a operação aconteceu em Capinzal, Ouro, Água Doce e Piratuba. Também foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e três mandados de suspensão cautelar do exercício da advocacia. A sequência das diligências escancarou o esquema e todos os participantes foram denunciados pelo Ministério Público e condenados pelas práticas criminosas.
Condenação
Os quatro participantes foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O advogado foi sentenciado a nove anos de prisão em regime fechado e teve o direito de responder em liberdade negado. A ex-esposa dele, condenada pela prática de lavagem de dinheiro, pegou três anos e nove meses em regime aberto. Já as penas das advogadas foram fixadas em cinco anos, um mês e sete dias de prisão em regime semiaberto, cada, por organização criminosa. Um detento envolvido pegou cinco anos, cinco meses e 18 dias de prisão. O MPSC avalia se irá recorrer ou não em segunda instância para tentar aumentar as penas. O processo tramita em segredo de justiça.
Polícia desarticula cassino clandestino que funcionava dentro de bar em SC
Quatro máquinas de caça níquel foram encontradas no fundo do estabelecimento
Um cassino clandestino foi desarticulado na tarde desta quarta-feira (10) em Laguna, no Sul do estado. A atividade ilícita era praticada dentro de um bar localizado no bairro Portinho. Os donos do estabelecimento foram conduzidos à delegacia, onde foram lavrados em flagrante pela exploração de jogos de azar em local acessível ao público.
