Estudo da OMS apontou que, em 2023, uma em cada seis pessoas sofria com problemas para ter filhos
Um estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina busca entender os motivos da infertilidade masculina. Para isso, o principal objeto de estudo é a eletricidade das células Setoli, responsáveis por dar suporte e nutrir os espermatozóides. Elas são armazenadas nos testículos e têm, de acordo com a pesquisa, um controle elétrico preciso, ajustando-se ao ambiente hormonal e nutricional para garantir um desenvolvimento saudável aos gametas masculinos. Segundo a equipe, isso vai permitir a melhor compreensão do que atrapalha a fertilidade e vai “abrir caminho para novas soluções”.
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A pesquisa, liderada pelo Instituto de Bioeletricidade Celular (Ibiocel) da UFSC, atende a um fenômeno que é global e atinge milhões de homens. Um dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2023 aponta que uma em cada seis pessoas é afetada pela infertilidade. Para criar uma solução para esse problema, um importante passo foi dado: foi descoberto que algumas proteínas presentes nas membranas das células Sertoli funcionam como espécies de interruptores. “Quando recebem estímulos de hormônios ou de agentes externos, elas disparam uma resposta imediata que muda o comportamento da célula em questão de milissegundos. Essa descoberta foi uma das maiores surpresas da pesquisa”, explica a professora Fátima Regina Mena Barreto Silva.
Outras frentes do estudo também buscam compreender o comportamento de hormônios Folículo-Estimulante (FSH), da tireóide, da testosterona, além da Vitamina A, e da 1,25-(OH)2 vitamina D3. No caso da D3, a pesquisa demonstrou uma ação rápida da sua forma ativa nas células de Sertoli. Na prática, ela promove mudanças elétricas para a secreção de substâncias e, consequentemente, para a fertilidade masculina.
“Nosso trabalho mostra alvos bem específicos na superfície e dentro da célula que podem ser explorados tanto para diagnóstico quanto para criar medicamentos mais eficazes. Isso levanta a possibilidade de tratamentos personalizados para homens com infertilidade”, explica a professora.
Possíveis tratamentos
A pesquisa trabalha com modelos matemáticos para garantir mais assertividade a potenciais tratamentos. Aliada à eletrofisiologia, que mostra como a célula reage na prática, a modelagem ajuda a prever e confirmar esses resultados. Com os resultados coletados, é possível desenvolver códigos nos computadores, que funcionam como um “simulador virtual”.
De forma geral, segundo o estudo, a modelagem também permite a identificação de alvos moleculares específicos que podem estar alterados em doenças, com alta precisão. No caso dos modelos desenvolvidos com base no hormônio FSH, por exemplo, previu-se as mudanças elétricas causadas por ele com um erro máximo de cerca de 3% em comparação com os experimentos reais, demonstrando a acurácia da simulação.
Um exemplo de sucesso citado é o da eletroquimioterapia, que combina campos elétricos com medicamentos no tratamento de alguns tipos de câncer. A professora que lidera o estudo aponta também para a inovação do estudo, de forma que ainda não existem terapias baseadas nesses mecanismos iônicos no caso da reprodução. “Ele abre essa nova frente para melhorar a fertilidade masculina”, finaliza.
Bruxa à solta: Figueirense tem quase um time inteiro no Departamento Médico
Três atletas tem previsão de retorno para o próximo mês
A bruxa está à solta no Estádio Orlando Scarpelli e tem assombrado o elenco do Figueirense com lesões. O Departamento Médico está recheado de atletas, com sete jogadores passando por tratamento para voltar a jogar. O caso mais grave é o do volante Breno, que sofreu uma ruptura no Ligamento Cruzado Anterior (LCA) do joelho esquerdo no jogo contra a Ponte Preta, na estreia do “Furacão” na série C. Isso ocorreu no dia 18/04 e ainda não há previsão de retorno.