O pedido de suspensão de deputados do PT e atinge três catarinenses do Partido Liberal (Foto: Agência Câmara)
O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de suspensão de mandato contra três parlamentares catarinenses do PL, Zé Trovão, Julia Zanatta e Caroline De Toni, além de outros congressistas. A alegação envolve supostas condutas incompatíveis com o decoro parlamentar. O caso acende um alerta para o risco de um precedente perigoso: a utilização de mecanismos disciplinares como ferramenta política para enfraquecer adversários. No ambiente democrático, divergências e embates devem ser resolvidos pelo voto e pelo debate público, não pela restrição de mandatos legitimamente conquistados nas urnas. Se a Câmara seguir nessa linha, o parlamento corre o risco de trocar a pluralidade pela perseguição política, isso ameaça não apenas um partido ou grupo, mas o próprio equilíbrio institucional. Além disso, tem o viés do enfraquecimento da representatividade federal a um estado governado por um forte liberal. Uma ligação política repleta de interesses.
Governador também se manifesta:
O bebê de Julia Zanatta e o ambiente hostil da Câmara

O recente episódio em que a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) levou seu bebê à Câmara dos Deputados e sofreu ataques internos expõe um problema maior do que aparenta. Não se trata de um risco físico às crianças, afinal, a segurança do parlamento é rigorosa, mas de um ambiente político que ainda não aprendeu a acolher a maternidade com respeito e naturalidade. O gesto simples de uma mãe com seu filho foi transformado em munição para disputas ideológicas, revelando que, na política, até momentos de afeto podem ser distorcidos para servir a narrativas. Isso mostra não só uma falha de civilidade, mas também a ausência de protocolos e cultura institucional que garantam às parlamentares mães o direito de exercer o mandato sem que o vínculo materno se torne alvo de ataques. Se a Câmara quer ser um reflexo de um Brasil democrático e plural, precisa entender que respeito começa no básico: reconhecer que mães também governam, legislam e, às vezes, fazem isso com um bebê no colo. Aliás, algo que deveria ser celebrado. Em suma, as críticas contra a deputada Julia, expõe sim que a Câmara dos Deputados representa um ambiente hostil, o que deveria ser ao contrário, a quem leva um bebê de colo. A negação é uma atitude que depõe até mesmo contra os acusadores.