26 de agosto de 2025
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Política

Prefeito reeleito é investigado por compra de votos e perseguição política

Foto: Divulgação
Polícia Federal investiga denúncia sobre esquema que resultou na condenação de 3 ex-candidatos

O prefeito de Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina, Joel Lucinda (MDB) é investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em um esquema de compra de votos nas eleições de 2024. O inquérito foi autorizado pela Justiça Eleitoral em SC no último dia 30 de julho, após um pedido da Procuradoria Regional Eleitoral. Lucinda foi reeleito no último pleito com 87,20% dos votos.

Os fatos apurados pelo inquérito envolvem uma denúncia de compra de votos por meio de distribuição de vales-combustível e promessa de cargos públicos e apoio político em troca de votos ou transferência de domicílio eleitoral, além de perseguição política a um ex-candidato a vereador da oposição após as eleições.

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O inquérito investiga possíveis crimes de corrupção eleitoral e compra de votos, previstos no Código Eleitoral, e também constrangimento ilegal e perseguição, previstos no Código Penal. O caso é investigado pela PF por se tratar de um prefeito eleito, portanto, com direito a foro privilegiado, com um prazo de 120 dias para a coleta de depoimentos e outras diligências.

Em nota ao TVBV Online, Lucinda afirma que ainda não foi notificado oficialmente sobre o inquérito e que aguardará a devida comunicação oficial para então se posicionar e verificar a situação. Já a Prefeitura de Porto Belo esclarece que a gestão municipal não está vinculada a situações de caráter eleitoral, não cabendo, portanto, manifestações em relação ao processo.

Além do prefeito, a denúncia que embasa a investigação cita também a coordenadora de campanha e Secretária Municipal de Cultura, Cristiane de Jesus, e outros cinco ex-candidatos a vereador de chapa “Juntos Construindo o Futuro”. Três deles – Juliano Zandonai, Maurício Gomes e Silvana Nunes Stadler – foram condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) em abril deste ano por abuso de poder econômico e compra de votos com vales-combustível. Eles estão inelegíveis até 2032 e devem pagar uma multa de R$ 30 mil cada.

Esquema de vales-combustível

O esquema de compra de votos com vales-combustível que resultou na condenação dos então candidatos passou a ser investigado após denúncias recebidas pelo Ministério Público. Entre as provas que embasaram o processo estão conversas de WhatsApp, mensagens de áudio e vídeos – inclusive do abastecimento em um posto de combustíveis da cidade –, além de depoimentos de testemunhas que afirmaram ter recebido os vales em troca de apoio político.

Os candidatos não foram eleitos na eleição de 2024. No entanto, os três são suplentes dos partidos e Silvana Stadler é secretária municipal de Assistência Social de Porto Belo. Ainda cabe recurso das condenações.

           

             

Homem é investigado por aliciar mães a produzirem vídeos de pornografia infantil

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Criciúma e Ibirama

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) cumpriu dois mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (26) nos municípios catarinenses de Criciúma e Ibirama. O objetivo é aprofundar investigações sobre um indivíduo suspeito de aliciar mães de menores de idade a produzirem vídeos com cenas de exploração sexual infantil.

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