Em parceria com IPHAN, município oficializa ponto turístico como uma Unidade de Conservação
A partir desta segunda-feira (18), a Ilha do Campeche passa a ser gerida pela Prefeitura de Florianópolis. Com a criação do Monumento Natural Municipal, a ilha é transformada em uma Unidade de Conservação, permitindo ao município controlar o turismo, o acesso e as ações de conservação. A regulamentação das visitas está prevista para a próxima temporada de verão.
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Com a criação da Unidade de Conservação, agora é possível contar com instrumentos legais que permitirão conter impactos ambientais e assegurar a preservação tanto do patrimônio natural quanto cultural da ilha. Florianópolis agora passa a contar com 11 Unidades de Conservação municipais adequadas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
Até então, a responsabilidade sobre a Ilha do Campeche era do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão ligado ao Governo Federal, e mediada pela Justiça Federal. O processo de transferência de responsabilidade para a Prefeitura de Florianópolis foi conduzido pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), com apoio de um Grupo Técnico de Trabalho multidisciplinar instituído em 2024, que realizou estudos técnicos, escutas públicas, oficinas, saídas de campo e articulação institucional.
Desde 1985, a Ilha é considerada uma Área de Preservação Permanente (APP), em 2000 foi tombada como patrimônio arqueológico, etnográfico e paisagístico pelo IPHAN e regulamentada pela Portaria Federal IPHAN nº 691/2009. Apesar disso, ao longo do tempo, a ilha enfrentou problemas como a exploração irregular e o excesso de visitantes.
Segundo Alexandre Waltrick, secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, transformar a Ilha do Campeche em uma Unidade de Conservação é um passo decisivo para pensar o espaço como um local de preservação e controle. “Com isso, poderemos enfrentar problemas como a exploração indevida do local. É um avanço fundamental, especialmente, para a conservação e qualificação da experiência dos visitantes”, afirma.
Alexandre ainda comenta que a proposta prevê a manutenção da visitação pública, de forma compatível com os objetos de conservação, com limites mais claros, monitoramento, infraestrutura adequada e associada a ações de educação ambiental.
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*Com revisão de Fernando Bortoluzzi
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