27 de julho de 2024
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Policial

Presidente da Câmara de Timbó Grande é afastado em investigação de fraude licitatória

Fotos: Divulgação/MPSC

Segunda fase da Operação Arquivo-morto investiga também irregularidades no pagamento de diárias

O presidente da Câmara Municipal de Timbó Grande, no Norte de Santa Catarina, foi afastado na manhã desta terça-feira (11) durante uma operação que investiga um suposto esquema criminoso que tem causado prejuízos à administração e aos cofres públicos. Evandro Carlos de Medeiros (MDB) e um servidor comissionado foram alvos de suspensões do exercício da função pública expedidos pela Vara Única da Comarca de Santa Cecília.

A ação ocorre na segunda fase da operação “Arquivo-Morto”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em apoio à investigação conduzida pela Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Cecília.

 

Nesta segunda fase, o foco da investigação são possíveis irregularidades em contratos públicos firmados pela Câmara de Timbó Grande com fraudes nos orçamentos e superfaturamentos, falsificação de documentos, peculato e corrupção, além de possíveis irregularidades no pagamento de diárias envolvendo o presidente do Legislativo, além empresários que teriam aderido ao esquema.

Além dos dois afastamentos, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão nos municípios de Timbó Grande, Videira, Caçador, Canoinhas, Irani e Ipumirim, em Santa Catarina, bem como no município de Erechim, no do Rio Grande do Sul.

Na Câmara de Timbó Grande, foram apreendidos processos de licitação e equipamentos eletrônicos, incluindo o telefone celular de Evandro de Medeiros.

A investigação prossegue em segredo de justiça. Por este motivo, os investigados ainda não tiveram acesso aos autos do processo.

Arquivo-Morto

Segundo o MPSC, o nome da operação é uma referência às informações coletadas pela Promotoria de Justiça, no sentido de que, quando os procedimentos licitatórios fraudados foram descobertos por um dos servidores da Câmara de Vereadores, ele os escondeu no arquivo-morto para que não fossem adulterados ou destruídos pelos investigados.

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Na primeira etapa, deflagrada em fevereiro de 2024, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em município localizado na região do Vale do Contestado.