Estudante afirmou que ele costumava chamar as colegas dela de “gostosas”
Um professor de educação física e judô no Instituto Estadual de Educação, identificado como Dulcimar Antonio Grando, de 60 anos, foi preso nesta quarta-feira (11) em São José, na Grande Florianópolis, suspeito de estupro contra uma criança de 10 anos. O crime teria acontecido dentro de um condomínio residencial e parte dele foi flagrado por câmeras de videomonitoramento. No entanto, essa denúncia não é a primeira contra o homem, que já fez outras vítimas de abuso sexual.
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Uma aluna do IEE, em um depoimento realizado em 2010, já havia relatado à polícia a conduta inapropriada do professor com colegas dela. A denunciante afirmou que um dia perguntou onde seria a aula, e ele respondeu que seria “no c* dele”. No entanto, ela diz que nunca foi vítima direta de assédio, mas que já soube de casos mais graves com amigas. Segundo depoimento, Dulcimar costumava chamar as alunas de “gostosas” com frequência. A denúncia foi feita também à diretoria da escola.
Estupro
O crime pelo qual o homem foi preso aconteceu durante um evento entre vizinhos no salão de festas de um condomínio em São José. A vítima, uma criança de 10 anos, saiu de perto dos pais para pedir um pão e foi abordada por Dulcimar, conhecido como “Pipoca”. Ele levou a menina para um local onde acreditava estar escondido das câmeras e começou a abraçá-la e praticar atos libidinosos, como acariciar o corpo e dar beijos na boca da criança. Depois, a levou para o banheiro e a estuprou. A situação foi toda descrita pela criança ao pai, que denunciou o homem para a Polícia Civil.
Diante dos fatos narrados e confirmados pelas imagens das câmeras de segurança, a PCSC representou pelo mandado de prisão do homem, o qual foi expedido pelo poder judiciário e cumprido na noite desta quarta-feira no bairro Barreiros, em São José. Após audiência de custódia, a prisão foi transformada em preventiva. O caso será encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso.
Nota da equipe de judô
A equipe de judô da ADIEE, onde Dulcimar era professor, se manifestou em nota sobre o ocorrido, solidarizando-se com as vítimas e famílias e afirmando que repudia totalmente esse tipo de conduta, e que essas atitudes são passíveis de prisão. Confira:
“A ADIEE JUDÔ manifesta, com profunda indignação e revolta, seu total REPÚDIO às atitudes criminosas atribuídas ao ex-professor, atualmente denunciado por abuso sexual, envolvendo uma criança de apenas 10 anos. Tais atos são absolutamente inaceitáveis, repulsivos e incompatíveis com qualquer valor defendido pela nossa instituição e pelo judô como arte marcial, filosofia de vida e prática educativa. O judô é um caminho de respeito, disciplina e integridade – e jamais será conivente com atitudes criminosas ou abusos de qualquer natureza, especialmente contra crianças. Nos solidarizamos com a vítima e sua família, reafirmando nosso compromisso com a proteção da infância e o combate veemente a qualquer forma de violência. Que a Justiça seja feita, e que o acusado pague pelo que fez nos rigores da lei e atrás das grades, como deve ocorrer em um Estado que preza pelos direitos humanos e pela proteção dos mais vulneráveis. A comunidade do judô está unida e repudia com veemência esse tipo de conduta. Nos manteremos vigilantes e firmes na luta por um ambiente seguro, saudável e ético para todos os nossos praticantes, especialmente nossas crianças”.
Resposta
A reportagem do Portal TVBV Online buscou a defesa do acusado, mas não teve acesso ao contato. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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