Menina de 2 anos foi morta em casa; mãe foi presa e diz não se lembrar do que ocorreu
Uma menina de apenas 2 anos e 9 meses de idade foi morta a facadas dentro de casa na manhã desta quinta-feira (11) em Balneário Gaivota, no Litoral Sul de Santa Catarina. A mãe da criança, de 42 anos, é a principal suspeita e foi presa, mas afirmou não saber explicar o que aconteceu.
O crime ocorreu por volta das 11h50, no bairro Jardim Ultramar. De acordo com o delegado da Polícia Civil (PCSC) em Araranguá, Jorge Giraldi, é possível que a mulher tenha tido um surto psicótico. Em depoimento na presença de uma psicóloga, a suspeita narrou que o fato ocorreu quando ela preparava a comida para a filha pequena e uma maior, de cerca de 20 anos de idade, que possui deficiência.
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A mulher afirmou se recordar de dar comida para a menor na cozinha e em seguida colocou o almoço da filha maior, que estava com o pai na varanda do apartamento. Logo após, ela se deparou com a menina de 2 anos com um grave ferimento no pescoço, parcialmente decapitada. A mulher disse ter se surpreendido com a cena, entrado em pânico e chamou o marido. Os pais tentaram socorrer a criança, mas ela não resistiu e morreu no local.
A Polícia Militar (PMSC) foi chamada e conduziu a suspeita para a delegacia de Polícia Civil em Araranguá, onde teve a prisão em flagrante decretada e convertida em preventiva. O pai da criança entrou em estado de choque e precisou ser conduzido ao hospital, onde foi sedado e ainda não pôde prestar depoimento.
De acordo com o delegado Giraldi, a mãe da criança estava muito abalada, mas conversou com os policiais e não conseguiu explicar como tudo ocorreu. “Ela simplesmente diz que não lembra. ‘Eu surtei’. Só que ela não admite que cometeu. Claro, a pessoa que surte não admite, ela não tem consciência do que está fazendo. Ela não confessou, não negou”, explicou o delegado, acrescentando que ela permaneceu em silêncio durante o interrogatório e respondeu apenas às perguntas do advogado.
Delegado detalha ‘cenário horrível’
O delegado Jorge Giraldi detalhou ainda o relato chocante dos policiais que estiveram no local do crime. “É um cenário horrível, até para os policiais que estão acostumados, em ver aquela criança em cima de uma mesa com aquele ferimento no pescoço, esgorjamento, que quase chegou à decapitação”, contou.
A Polícia Científica esteve no apartamento da família e já realizou os procedimentos iniciais de perícia, além do exame de necropsia da vítima. O celular da mãe também já foi periciado e não revelou nenhuma informação comprometedora, segundo o delegado, que admitiu que a investigação apura a possibilidade de a mulher estar em surto psicótico.
Se for diagnosticado que ela não estava dentro das suas faculdades mentais naquele momento, ela vai ser submetida a um tratamento psiquiátrico. Porque não pode ser uma pessoa, não pode ser condenada se ela está desequilibrada totalmente”, afirmou Giraldi.
Um terceiro filho do casal, de 20 anos, não estava na residência no momento do crime, mas acompanhou o procedimento da prisão e conversou com a mãe. Ele relatou ao delegado que ela havia sido diagnosticada com depressão anos atrás, mas nunca buscou tratamento. Relatórios médicos já apurados confirmam que ela nunca recebeu atendimento psiquiátrico na região.
A mulher permanece presa durante a investigação do caso e pode responder pelo crime de homicídio qualificado. A psicóloga que atendeu a suspeita afirma que em algum momento ela pode recuperar a memória sobre o ocorrido. A investigação aguarda agora o resultado das perícias e a realização do exame de sanidade mental.
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