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Risco grave de contaminação por água de inundações gera alerta da Saúde

Foto: Prefeitura de Paulo Lopes

Contato com alagamentos e enchentes está ligado a aumento nos casos de leptospirose, afirma SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu nesta terça-feira (16) um alerta sobre o risco do contato com água contaminada nos alagamentos que atingem algumas cidades de Santa Catarina desde a última sexta-feira (12). Além da destruição causada pelas fortes chuvas e enxurradas, após o registro de inundações, há também o aumento nos casos de leptospirose.

Segundo a SES, as águas dos alagamentos podem estar contaminadas pelo esgoto e urina de rato e provocar sérios problemas de saúde. Em alguns casos, a contaminação pode ser grave. Pessoas que tiveram contato com as enchentes e apresentarem febre, dor no corpo e dor de cabeça (até 40 dias após o ocorrido) devem informar ao médico que tiveram contato com água suja.

 

“As pessoas que possam ter contato com a água da enchente, necessitam usar botas, luvas ou qualquer outro tipo de material que isole os pés e as mãos. Quem tiver algum ferimento deve evitar os locais alagados”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina.

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A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente ratos. A bactéria penetra no corpo através de machucados e, até mesmo, da pele sadia quando a pessoa fica muito tempo dentro da água. Por isso, o risco é maior em épocas de enchentes e alagamentos.

Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, começando de forma abrupta, com febre alta, dor de cabeça, mal-estar e muitas dores no corpo. Um sintoma bastante característico é uma forte dor nas panturrilhas (batata da perna). A leptospirose pode evoluir para quadros graves, com aparecimento de icterícia (a pele fica com um tom amarelo-avermelhado). Os sangramentos podem aparecer na fase mais avançada, com dificuldade respiratória e pode levar a óbito.

“É importante termos uma atenção redobrada com os mais vulneráveis, como os idosos, crianças e aquelas pessoas que têm dificuldade de locomoção. Se for necessário ter contato com a água é fundamental seguir as recomendações e se proteger”, finaliza João.

Medidas de prevenção

  • Evite contato com água ou lama de enchentes e não deixe que crianças brinquem no local;
  • Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com água possivelmente contaminada, como é o caso de alagamentos. Se isso não for possível, use sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;
  • Quando as águas baixarem é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo com luvas e botas. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária (Hipoclorito de Sódio 2,5%), na proporção de dois copos (200 ml cada) do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos;
  • Jogue fora alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água dos alagamentos;

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