7 de dezembro de 2024
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Saúde

Teste do Pezinho: SC amplia exame que agora permite detecção da toxoplasmose

Foto: Divulgação | Roberto Zacarias / SECOM

O teste pode detectar até outras seis patologias além desta doença

A Triagem Neonatal, popularmente conhecida como Teste do Pezinho, é uma ferramenta crucial para a detecção precoce de doenças em recém-nascidos. Através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Santa Catarina agora amplia o alcance desse exame, permitindo a avaliação de sete patologias essenciais a partir da coleta de sangue realizada nos primeiros dias de vida dos bebês.

Anteriormente, o teste rastreava seis doenças, incluindo fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e fibrose cística. Mas desde segunda-feira (15), a toxoplasmose congênita também está incluída nessa triagem.

 

“A realização do teste do pezinho é fundamental para as nossas crianças. São doenças que precisam ser detectadas e tratadas o mais rápido possível”, ressalta a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

Essas condições, em geral, não apresentam sintomas imediatos ao nascimento e, se não forem diagnosticadas precocemente, podem causar danos significativos à saúde. O exame pode ser realizado nas unidades da Atenção Primária em Saúde ou, nos casos em que os bebês precisam permanecer hospitalizados após o nascimento, a coleta é realizada na própria unidade hospitalar.

O médico infectologista do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), Marcos Guchert, destaca que a inclusão da toxoplasmose no teste de triagem neonatal permite um tratamento mais ágil, prevenindo possíveis sequelas que podem afetar o desenvolvimento da criança já que a realização do exame de toxoplasmose durante o pré-natal nem sempre é conclusiva, sendo que a infecção pode ocorrer no final da gestação.

Assim, o Teste do Pezinho torna-se uma ferramenta adicional para detectar essa doença. Em 2023, Santa Catarina realizou cerca de 87 mil testes do pezinho, disponibilizados pelo SUS em mais de 1.476 Unidades de Saúde em todos os 295 municípios do estado.

A coleta da amostra é realizada por meio de uma pequena picada no calcanhar do recém-nascido. Os exames são encaminhados, no mesmo dia, para o Laboratório Especializado em Triagem Neonatal – Fundação Ecumênica de Amparo ao Excepcional – FEPE, no Paraná. Nos casos positivos, a FEPE entra em contato diretamente com a família, com a regional de saúde e com o Hospital Infantil Joana de Gusmão para agendar consultas imediatas.

Para garantir a eficácia da coleta, a SES dobrou o número de lancetas encaminhadas às unidades de saúde em 2023, assegurando que, caso haja necessidade de recoleta, ela seja feita imediatamente.