Denúncia aponta que eles sequestraram a vítima, a mantiveram em cárcere privado e depois a executaram em uma área de mata
A justiça catarinense condenou três homens a penas que, somadas, ultrapassam 100 anos de prisão. Eles responderam por um crime praticado em março de 2023, que envolveu sequestro e morte violenta na região do Vale do Itajaí.
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Conforme denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, o trio sequestrou a vítima dentro da casa dela, a manteve em cárcere privado e depois a executou de forma violenta dentro de uma trilha no município de Botuverá. O corpo do homem, identificado como Douglas Daniel Miranda Negrão, foi localizado apenas 41 dias depois do crime.
A perícia analisou o cadáver e constatou uma perfuração na testa, causada por disparo de arma de fogo, e diversas fraturas no crânio, o que indicou a extrema violência praticada contra o homem. Segundo a investigação, Douglas foi morto por ser enteado de um policial militar com atuação no Pará e porque havia comprado drogas com uma facção criminosa rival.
Diante das evidências, o tribunal de júri optou por condenar o trio pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por sequestro, porte ilegal de arma de fogo e participação em organização criminosa. A motivação foi considerada fútil e torpe.
Detalhes do crime
De acordo com a apuração, os condenados chegaram na casa de Douglas, localizada no bairro Águas Claras, em Brusque, com um carro por volta das 22h do dia 9 de março. Eles chegaram à residência armados e repetindo que “filho de policial tinha que morrer”. Os sequestradores retiraram a vítima de casa, a colocaram dentro de um carro e foram até Águas Negras, em Botuverá, onde a mantiveram em cárcere privado na casa de uma mulher.
A esposa de Douglas recebeu mensagens enviadas pelo celular do marido e percebeu que o GPS estava ligado. Dois dias depois, no dia 11, um dos sequestradores ligou para ela e disse que em breve dariam informações de onde o corpo seria encontrado. Após isso, os condenados levaram o homem até uma área de mata, onde o executaram e enterraram em uma cova rasa. O corpo só foi encontrado no dia 20 de abril, 41 dias depois.
Condenações
Os criminosos foram condenados a penas diferentes. O primeiro recebeu a pena de 36 anos e seis meses, e outro a 34 anos e quatro meses. A pena mais severa foi para o terceiro, que terá que cumprir 44 anos e cinco meses de reclusão, em regime fechado, além de 535 dias-multa (cerca de R$ 237 mil). A ele foi incluída uma condenação pelo crime de tráfico de drogas.
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