Pesquisa associa uso precoce do aparelho a maiores índices de sofrimento psíquico em jovens
Uma pesquisa liderada por cientistas da organização internacional Sapien Labs mostra que o uso de celulares antes dos 13 anos pode ter efeitos duradouros e negativos na saúde mental. Os autores questionaram mais de 2 milhões de pessoas e defendem políticas públicas sobre o assunto.
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O estudo foi publicado na revista “Journal of Human Development and Capabilities” e revela que jovens adultos que tiveram celular a partir dos 5 anos têm consigo sinais de sofrimento psíquico grave, como pensamentos suicidas, desregulação emocional e baixa autoestima.
Foram coletadas informações em 163 países, por meio de um questionário digital chamado MHQ (Mind Health Quotient). Ele mediu sintomas negativos e capacidades mentais positivas. A análise apresentada no estudo concentrou-se em jovens de 18 a 24 anos e relacionou a idade do primeiro celular às pontuações obtidas.
Com base nos dados, os autores identificaram os principais fatores associados à piora da saúde mental entre as pessoas que começaram a usar o celular muito cedo, e o uso precoce de redes sociais apareceu como o principal fator. Diante dessas descobertas, os pesquisadores propuseram a criação de políticas públicas voltadas à restrição do acesso digital na infância, com o objetivo de diminuir os impactos negativos.
O que os pesquisadores propõem
- Proibição do uso de redes sociais por menores de 13 anos, com fiscalização efetiva;
- Educação obrigatória em letramento digital e saúde mental, antes do uso autônomo de redes;
- Responsabilização de empresas de tecnologia por violações etárias;
- Criação de aparelhos infantis com funções limitadas, como alternativa a smartphones convencionais.
Confira a reportagem do SC Acontece
*Com revisão de Fernando Bortoluzzi
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