Governador destacou prevenção, integração das forças policiais, valorização dos policiais e uso intensivo de tecnologia
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, foi ouvido nesta quarta-feira (17) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, no Senado Federal em Brasília. Ele é foi o primeiro dos governadores convidados a falar sobre as técnicas e estratégias adotadas pelo estado para enfrentar facções criminosas.
A participação de Jorginho nos trabalhos da CPI leva em conta o reconhecimento nacional de Santa Catarina como estado mais seguro do país. Além do governador, prestaram depoimento também o secretário da Segurança Pública, Flávio Graff, e a secretária de Justiça e Reintegração Social, Danielle Amorim Silva. Eles destacaram que a redução da criminalidade no estado depende de investimento em prevenção, integração das forças policiais, valorização profissional e uso intensivo de tecnologia.
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“A agente atua na prevenção, no combate e no controle ao crime. As Forças Policiais do Estado trabalham religiosamente juntas. As polícias conversam todos entre elas. Com inteligência, conseguimos colaborar com todos os estados do Brasil, antes mesmo do crime ocorrer. Arma não vem do céu, droga não vem do céu, o Governo Federal precisa atuar nas fronteiras”, disse o governador.
Jorginho Mello ainda destacou os esforços do Estado em investir em profissionais, equipamentos e inteligência. “A gente coloca 12% do orçamento do Estado em Segurança Pública e isso tem dado resultado. Estamos fazendo investimentos históricos nas nossas polícias, valorizando os policiais, adquirindo equipamentos modernos. Além disso, a qualificação da nossa polícia é muito boa. É um time que sabe o quê tá fazendo”, afirmou.

O secretário Flavio Graff, destacou o trabalho de integração e inteligência das Forças de Segurança. “Temos os equipamentos mais modernos, além de toda a valorização do profissional. Temos as Forças de Segurança e nos reunimos constantemente para conversar sobre a situação em SC, para estar um passo sempre adiantado. Usamos a inteligência como eixo central para identificar lideranças, operadores e financiadores do crime organizado”, ressaltou.
O secretário ainda destacou as políticas que reúnem diferentes órgãos públicos. “Temos uma ferramenta que é um grupo de acompanhamento e monitoramento de facções criminosas que é composto pelas nossas Forças de Segurança, por integrantes do MPSC, do Judiciário, de órgãos federais como PRF, PF e Abin e tudo isso se transforma em ação firme nas ruas. Destaco também a Delegacia da Polícia Civil especializada no combate à lavagem de dinheiro e a DRACO, de repressão ao crime organizado, que ao longo deste ano já desbancou do crime mais de R$ 50 milhões, o que contribuiu para o enfraquecimento, atuando nesse ataque ao financiamento”, explicou.
Estado reconhecido pela segurança
O relator da CPI do Crime Organizado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), agradeceu a colaboração de Jorginho ao avaliar que os dados e informações vão contribuir na formulação do seu relatório final. “Ficou claro que em Santa Catarina se tem a vontade de fazer e o estado providenciou as condições para fazer. As polícias com as condições adequadas, atendem ao resultado. Os policiais não saem de casa para matar bandido, para matar ninguém. O policial sai de casa para evitar o crime”, afirmou durante a sessão.
Ao longo de 2025, a segurança de Santa Catarina teve a liderança confirmada em diferentes levantamentos nacionais. No Anuário das Cidades Mais Seguras, municípios catarinenses, incluindo a capital Florianópolis, voltaram a figurar no topo do ranking. O Atlas da Violência e o Anuário Brasileiro de Segurança Pública também apontam Santa Catarina como um caso de sucesso na redução da violência letal, com taxa de homicídios de apenas 8,6 a cada 100 mil habitantes, e dos crimes patrimoniais.
A CPI pretende ouvir também os governadores do Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
Assista à sessão completa da CPI
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