Investigados possuem alto grau de influência e a periculosidade e estavam ligados a 14 homicídios
Uma operação da Polícia Civil (PCSC) contra o alto escalão de uma facção criminosa que atua em Joinville, no Norte de Santa Catarina, resultou na prisão de 11 pessoas na manhã desta terça-feira (5). Entre os presos estão oito integrantes do “Quadro Geral” do grupo.
A operação, que leva o mesmo nome do topo da hierarquia da facção, é resultado de uma complexa investigação que identificou os responsáveis pelas decisões estratégicas do grupo. Entre os principais crimes investigados estão planejamentos e ordens autorizando assassinatos nos chamados “tribunais do crime”.
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Segundo a PCSC, as lideranças da facção estão por trás de pelo menos 14 homicídios em Joinville, todos ligados à disputa de território pelo tráfico de drogas. A investigação teve início em 2024, a partir de homicídios registrados ao longo do ano, o que possibilitou rastrear a origem das ordens de execução.
Entre eles está o caso da morte de um adolescente de 17 anos, sequestrado em uma casa noturna em abril do ano passado. O corpo nunca foi encontrado, mas há indícios de que o jovem foi torturado e morto. Dez criminosos envolvidos neste crime já foram presos, mas ainda faltava prender os responsáveis pela estrutura do “tribunal do crime”.
Além dos líderes da facção, outras três pessoas foram presas em flagrante nesta manhã: dois deles por destruir vestígios com o objetivo de embaraçar a investigação policial, e o terceiro por tráfico de drogas.
Os investigados também responderão por outros crimes conexos, como integrar organização criminosa armada. A operação Quadro Geral mobilizou ao todo 60 policiais de Joinville e região. De acordo com a PCSC, outros mandados de prisão foram expedidos, mas os alvos estão foragidos.
Quem era o ‘Quadro Geral’
A facção criminosa com atuação em Joinville, maior cidade de Santa Catarina, era comandada por um alto escalão denominado Quadro Geral. Segundo a Polícia Civil, ele era composto por um colegiado de alta influência e controle, com funções específicas nas áreas de arrecadação, patrimônio, articulação, relatórios e aplicação de punições.
Entre os membros, destaca-se o quadro de Geral da Cidade, ocupado por um investigado que há mais de 10 anos liderava o conselho da facção. Suas funções abrangem desde a administração rotineira dos membros até a deliberação de castigos severos, as “disciplinas”. Essas sanções podem ser aplicadas tanto a membros e rivais da organização criminosa, quanto a indivíduos sem qualquer envolvimento, mas que desrespeitaram as regras impostas pelo grupo.
Além de suas funções, alguns alvo da PCSC atuavam como “representantes de ministérios”, com acesso direto aos dirigentes e fundadores da facção. Essa posição evidencia o grau de influência e a periculosidade dos presos, funcionando como peças-chave na estrutura do crime organizado.
Bombeiros são chamados para resgatar corpo em rio e encontram manequim
Vídeo enviado por solicitante mobilizou equipe de resgate
Uma ocorrência inusitada mobilizou o Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC) em Gaspar, no Vale do Itajaí, na manhã desta terça-feira (5). Eles foram acionados por um popular que afirmou ter visto um corpo boiando no Rio Itajaí-Açu. Ao realizar o resgate, a equipe se deparou com um manequim.
