Violências física e sexual seguem como as mais registradas no país, enquanto SC registra mais de 320 feminicídios desde 2020
No Brasil, a violência contra a mulher segue em patamar alarmante. De acordo com a Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo DataSenado, 3,7 milhões de mulheres já sofreram violência doméstica ou familiar em 2025. O levantamento aponta ainda que cerca de 70% das agressões aconteceram na presença de outras pessoas, principalmente filhos, o que pode agravar as penas dos agressores. Em média, mais de 11 mil mulheres são vítimas de violência por dia no país.
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Em Santa Catarina, o cenário também é preocupante. Dados das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs) revelam que, em 2025, 47 mulheres foram assassinadas por feminicídio no estado. Desde 2020, já são mais de 320 casos registrados, reforçando a gravidade e a persistência da violência de gênero no estado.
O artigo 7º da Lei Maria da Penha reconhece cinco tipos diferentes de violência contra a mulher: física, sexual, psicológica, patrimonial e moral. Entre elas, segundo a pesquisa nacional realizada a cada dois anos, a violência física e a violência sexual continuam sendo as mais relatadas pelas vítimas.
Campanha estimula o debate e a conscientização em Florianópolis
Começa nesta terça-feira (25) a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres em Florianópolis. A iniciativa tem como objetivo mobilizar a sociedade, ampliar o debate público e fortalecer as ações de prevenção e enfrentamento à violência de gênero. A programação, organizada pela Secretaria de Assistência Social em parceria com o Conselho Municipal de Direitos das Mulheres (Comdim), é gratuita, aberta ao público e segue até 10 de dezembro. Entre as atividades previstas estão rodas de conversa, palestras, apresentações culturais, caminhada, ações de conscientização com jovens, tribuna livre e mobilizações em diferentes espaços públicos.
De acordo com a secretária de Assistência Social de Florianópolis, Luciana dos Passos, para que o enfrentamento à violência contra a mulher ganhe força é fundamental também promover a conscientização dos homens. “Precisamos sim desses espaços de conscientização, chamar toda a sociedade, trazer esse coletivo… e homens, cada vez mais perpetuando essa não violência contra as mulheres”, afirma a secretária.
Confira a programação:
Terça-feira (25/11) – 14h30
Abertura da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Local: Centro Multiuso da Pessoa Idosa (Cemupi) – Av. Hercílio Luz, 626
Quinta-feira (27/11) – 15h
Apresentação do teatro “Advertida-Mente: Os 5 Monstros da Violência”
Local: Escola Pública de Vargem Grande do Bom Jesus
Promoção: Business and Professional Women (BPW) e Conselho Municipal de Direitos das Mulheres (Comdim)
Domingo (30/11) – 9h às 12h
Caminhada em Homenagem ao Combate à Violência contra as Mulheres
Local: Concentração no lado insular da Ponte Hercílio Luz
Promoção: Mulheres do Brasil Floripa
Segunda-feira (01/12) – 14h
Roda de conversa com o GAPA
Local: Centro Multiuso da Pessoa Idosa (Cemupi) – Av. Hercílio Luz, 626
Promoção: Assessoria LGBTQIA+
Terça-feira (02/12) – 19h
Palestra “Mulheres pela Vida: Dados e Realidades de Santa Catarina”
Palestrante: Crystiane Peres
Online pelo link: meet.google.com/fxx-yxio-fct
Promoção: Federação Catarinense de Mulheres
Sexta-feira (05/12) – 10h
Ação de conscientização com a juventude
Local: CCFV Tapera – R. José Olímpio da Silva, 100
Promoção: Assessoria da Juventude
Quarta-feira (10/12) – 14h
Tribuna livre com fala sobre os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher
Local: Câmara de Vereadores de Florianópolis – R. Anita Garibaldi, 35
Promoção: ONG Mais União e Conselho Municipal de Direitos das Mulheres (Comdim)
Quarta-feira (10/12) – 17h
Caminhada da Paz e em Defesa dos Direitos Humanos
Local: Praça XV (Concentração em frente à Catedral Metropolitana)
Promoção: Conselho Municipal de Direitos das Mulheres (Comdim), ONG Mais União e Assessoria da Mulher
Confira a matéria
*Com revisão de Fernando Bortoluzzi
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