O anúncio foi reforçado pelo Assessor de Relações Institucionais da Gol Alberto Fajerman. A conexão Correia Pinto – Congonhas será feita com um Boeing 737 MAX / Foto: Paulo Chagas
Na noite desta quinta-feira (9), em meio ao clima da Expolages, a oficialização de um anúncio, reacendeu o otimismo serrano: o retorno dos voos comerciais no Aeroporto Regional da Serra Catarinense, em Correia Pinto, operados pela Gol Linhas Aéreas. A partir de 27 de novembro, a região voltará a ter ligação direta com o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, uma rota curta no mapa, mas de significado imenso para a economia e o turismo local.
A cerimônia contou com presenças que simbolizam a convergência de esforços públicos e privados: Alberto Fajerman, assessor da presidência da Gol Linhas Aéreas Inteligentes; Beto Martins, secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias; Lúcia Ortiz, prefeita de Correia Pinto; e Carmen Zanotto, prefeita de Lages. Mais do que autoridades, foram porta-vozes de uma conquista construída a muitas mãos, e que resgata uma demanda antiga da região.
Conexão que vai além do embarque
A Serra Catarinense tem vocação para crescer. Seu agronegócio é pujante, o turismo vem amadurecendo, e a educação superior se fortalece. Faltava o elo que ligasse tudo isso ao restante do Brasil com agilidade e prestígio. O voo para Congonhas cumpre esse papel. Não é apenas um trajeto aéreo: é uma ponte entre a Serra e o mercado mais dinâmico do país. É o médico que poderá chegar mais rápido ao congresso em São Paulo, o empresário que reduz horas de estrada, o turista que descobre a beleza dos campos de altitude. É o estudante que sonha alto, e agora vê o aeroporto ao lado como parte de um futuro possível.
Um movimento de confiança
A Gol não voa à toa. Sua decisão de retomar os voos em Correia Pinto representa confiança, na infraestrutura modernizada, no compromisso do Governo do Estado e no potencial econômico da região. A reabertura do aeroporto, com investimentos de cerca de R$ 2,8 milhões, simboliza que a Serra volta a ser vista como estratégica para o desenvolvimento de Santa Catarina. O secretário Beto Martins foi preciso ao afirmar que a aviação regional é um motor de oportunidades. E ele tem razão: não há desenvolvimento pleno sem mobilidade, sem integração, sem voos que encurtem distâncias e aproximem pessoas.
Turismo e identidade regional em alta
Para o presidente do Conselho de Turismo da Serra Catarinense (Conserra), Valdir Della Giustina, com o acesso facilitado, a Serra Catarinense deve ganhar novo impulso no turismo de experiência, aquele que valoriza o vinho, a gastronomia, as paisagens e a hospitalidade típica. O visitante paulista, agora, pode trocar as horas de estrada por uma viagem curta e confortável, chegando mais perto do frio, das araucárias e do charme serrano. “Ao mesmo tempo, a rota fortalece o orgulho local. Cada pouso e decolagem em Correia Pinto é também um lembrete de que a região tem estrutura, potencial e protagonismo”, ressalta.
Mais do que um voo, um símbolo
Na prática, o que se celebrou na Expolages não foi apenas o retorno de uma linha aérea. Foi a reconexão da Serra com o Brasil, e, simbolicamente, da Serra consigo mesma. Depois de um período aguardando, é como se a região voltasse a ocupar o espaço que merece no mapa do desenvolvimento. E há um mérito coletivo nisso: prefeitas engajadas, governo estadual comprometido, empresa aérea confiante e uma comunidade que nunca desistiu da ideia de ver o aeroporto novamente em operação. Por fim, a Serra Catarinense está, literalmente, decolando, com energia, esperança e visão de futuro. Que esses voos sejam o primeiro passo de uma jornada ainda maior, capaz de transformar o potencial serrano em prosperidade concreta.