9 de julho de 2025
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ONS: Horário de verão poderá ser necessário por déficit de energia

Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Decisão precisa ser tomada em agosto, já que a medida requer três meses de antecedência para ser implantada

A preocupação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) com o atendimento da ponta de consumo de energia elétrica no País se agravou no Plano de Operação Energética (PEN) para o período de 2025-2029, disse ao Estadão/Broadcast o diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato.

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Segundo ele, é possível que este ano seja recomendado ao governo o uso do Horário de Verão para obter pelo menos mais 2 gigawatts (GW) de reforço no Sistema Interligado Nacional (SIN). A decisão precisa ser tomada em agosto, já que a medida requer três meses de antecedência para ser implantada.

“O PEN olha se a quantidade de geração disponível, no sentido amplo, se os recursos que temos atendem o consumo do Brasil. O PEN 2025-2029 confirmou o diagnóstico do ano passado e mostrou agravamento do déficit de potência”, disse Zucarato. “Eventualmente, podemos recomendar horário de verão como imprescindível”.

Segundo ele, como este ano não houve leilão, “apesar da recomendação feita desde 2021 para que fossem realizados leilões anuais”, além das medidas já tomadas – como a antecipação da entrada de projetos do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2021 e maior uso de térmicas -, o ONS poderá também importar 2,5 GW de energia de países vizinhos.

“O que a gente observa, e isso é um repeteco das conclusões que nós chegamos já desde o PEN de 2021, é que a gente está observando que o sistema está sobreofertado de energia, mas em 2021 a gente enxergava no final do horizonte a violação do critério de potência. Mas, enfim, o futuro chegou. Aquilo que era final do horizonte virou o início do horizonte”, destacou o diretor.

Para Zucarato, se as chuvas atrasarem novamente este ano, os meses mais críticos serão outubro e novembro, e a solução será realizar o leilão de reserva de capacidade (LRCAP) o mais rápido possível em 2026. “O principal recado do PEN é, repetindo o que a gente viu no ano passado, a gente não está atendendo os critérios de potência e a situação se agravou pelo aumento da demanda prevista. Então isso significa que para 2025 já não tem mais o que fazer porque não dá mais tempo de se fazer nenhum leilão para contratar potência para 2025. A próxima janela de necessidade vista no escuro é o ano que vem”, explicou.

           

             

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