28 de abril de 2024
TV Barriga Verde
Saúde

IMA alerta sobre consumo de pescados e banho na baía da Grande Florianópolis

Proliferação de microalgas tem causado morte de peixes e pode apresentar risco à saúde humana

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) emitiu na última sexta-feira (8) uma nota técnica alertando a população sobre o contato primário e o consumo de pescados da região das baias de Florianópolis e São José, em decorrência da floração de microalgas e da morte de um número significativo de peixes no local. O banho de mar em locais de floração dessa alga também não é recomendado.

O documento foi assinado em conjunto pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, Secretaria Executivo da Aquicultura e Pesca, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC).

De acordo com o IMA, análises de amostras da água apontam a proliferação massiva e de grandes proporções de uma microalga marinha do gênero Karenia, reconhecidamente responsável pela mortandade de peixes em várias partes do mundo. A densidade de células observada em uma das amostras da baia de São José e Florianópolis chegou a mais de 300 milhões por litro.

 

O Instituto explica que as florações de grande magnitude, como a que está ocorrendo na região litorânea continental destes municípios, são fenômenos naturais que ocorrem em todo o mundo, e podem ser decorrentes de mudanças oceanográficas e/ou climáticas. Em geral, a maior parte das florações são inofensivas, mas algumas espécies, como a Karenia spp., podem causar efeitos negativos para a fauna e para o ser humano.

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Tendo em vista possíveis riscos para a saúde pública, o IMA divulgou algumas recomendações a serem tomadas pela população residente entre os bairros de Ponta de Baixo e Serraria, em São José, e os bairros litorâneos da região continental de Florianópolis, entre o Abraão e o Jardim Atlântico:

  • Evitar banho ou contato direto com as manchas no mar;
  • Evitar o consumo de pescados desta região, incluindo peixes, moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras, berbigões) e crustáceos (camarões, siris), até que este evento de floração esteja encerrado;
  • Em caso de apresentação de sintomas após o consumo de pescados desta região, procurar atendimento em unidade de saúde mais próxima e realizar a notificação na Vigilância Epidemiológica ou na Vigilância Sanitária municipal.

As instituições públicas responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico também foram comunicadas para que tomem as providências pertinentes às áreas de atuação de cada uma delas.

 

Fotos: IMA

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