11 de dezembro de 2025
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Investigação contra falsa biomédica é concluída e inquérito é enviado ao Poder Judiciário

Imagem: TVBV/Reprodução
Se considerada culpada por todas as acusações, mulher pode ser condenada a até 95 anos de prisão; ela teria feito ao menos 14 vítimas

A mulher que ficou conhecida por atuar como uma biomédica de forma clandestina em São José, na Grande Florianópolis, foi indiciada pela Polícia Civil de Santa Catarina. A investigação foi encerrada e o inquérito concluído na tarde desta quarta-feira (10), o qual identificou crimes de exercício ilegal da profissão, lesão corporal e estelionato. As penas máximas previstas, de acordo com o Código Penal Brasileiro, podem chegar aos 95 anos de prisão.

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O caso ganhou repercussão em julho deste ano, quando quatro vítimas registraram boletins de ocorrência denunciando os casos de lesão corporal grave. Elas apresentavam deformações nas partes do corpo que passaram o procedimento, como boca, barriga e glúteos. Uma influenciadora digital, que também diz ser uma das vítimas, gravou um vídeo desabafando sobre a situação, dando ainda mais proporção às denúncias. Diante dos relatos, a Polícia Civil abriu um Inquérito Policial para apurar os casos.

Investigação

Conforme a investigação, a indiciada mantinha um perfil nas redes sociais com mais de 10 mil seguidores, onde divulgava o trabalho e atraia as vítimas. Ela oferecia serviços de preenchimento labial, harmonização facial, harmonização glútea, rinomodelação e aplicação de toxina botulínica, atuando em diversas regiões de São José, tanto em domicílio quanto em salões de beleza.

O preço dos procedimentos variavam entre R$ 500 e R$ 3.500, a depender do que seria feito. O serviço atraiu diversos clientes entre os anos de 2024 e 2025, que a contrataram com o intuito de melhorar a autoestima. No entanto, a expectativa de ao menos 14 destes “clientes” foi quebrada. Dias depois do procedimento, elas começaram a estranhar algumas reações, como infecções, inchaços persistentes, nódulos, manchas, deformidades faciais e corporais, além de dores intensas. Uma delas, inclusive, precisou ser internada.

Ao consultar a suposta profissional, recebiam recomendações inadequadas e ouviam que os relatos eram “normais”, o que demonstrava negligência da investigada. Em interrogatório, a acusada disse à polícia que cursou a faculdade de biomedicina, mas não a finalizou. O Conselho Regional de Biomedicina confirmou que não possui registro junto ao órgão, exercendo ilegalmente a profissão de biomédico esteta.

Acusações

O Inquérito Policial foi finalizado e enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público de Santa Catarina, que farão a análise do processo. A investigação final acusa a mulher por crimes de exercício ilegal da profissão, 13 de estelionato e 6 de lesão grave, por incapacidade para ocupações habituais superior a 30 dias. Somadas, as penas previstas pelo Código Penal Brasileiro podem superar os 95 anos de prisão.

           

             

Deputados aprovam fim das cotas raciais nas universidades de Santa Catarina

Medida se aplica à UDESC e às instituições que recebem recursos do governo estadual

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