12 de dezembro de 2024
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Cotidiano

Anvisa proíbe venda de marca de macarrão por contaminação; saiba qual

A Anvisa publicou nesta quinta-feira (22) uma resolução (Nº 3.122, de 21 de setembro de 2022) que proíbe a comercialização, a distribuição e o uso das massas alimentícias da empresa Keishi, para investigação sobre o caso do propilenoglicol contaminado com etilenoglicol, que causou a intoxicação e a morte de animais.

O órgão regulador realizou inspeção na BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda e verificou que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas. Agência determinou também o recolhimento desses produtos, fabricados entre 25/7/2022 e 24/8/2022.  

O propilenoglicol contaminado foi fornecido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda. Segundo os dados fornecidos, a empresa é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas de estilo oriental, tais como udonyakisobalamen, além de massas de salgados, como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de massas congeladas.  

 

O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo inclusive levar à morte. Não há autorização para o uso dessa substância em alimentos.  O aditivo alimentar propilenoglicol (INS 1520) é autorizado para alguns alimentos. Porém seu  uso não é permitido na categoria de massas alimentícias, conforme a RDC 60/2007.  Muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento.

De acordo com a decisão da Anvisa, empresas que tenham as massas da marca Keishi (BBBR Indústria e Comércio de Macarrão Ltda.) não devem comercializá-las e nem as utilizar. Já os consumidores que tenham comprado algum desses produtos também não devem utilizá-los. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos produtos.   

Se o consumidor não encontrar a data de fabricação no rótulo do produto, ele deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, é orientação é de não consumir o produto. 

A Anvisa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os órgãos de Vigilância Sanitária locais seguem com a investigação de forma minuciosa e continuarão realizando inspeções diárias nas empresas envolvidas.  

Foto ilustrativa: Pixabey/Reprodução